quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Fábrica de madeira plástica chega ao mercado brasileiro com capacidade para produzir 900 toneladas/mês

Um produto tido como ecologicamente correto ganha impulso agora no Brasil, a partir do início das operações, em dezembro passado, da Wisewood, fábrica de madeira plástica instalada no município paulista de Itatiba.
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Resultado de um investimento de R$ 20 milhões, a empresa tem capacidade de produção de 900 toneladas por mês, inicialmente disponibilizando dormentes, cruzetas para postes de transmissão de energia, pallets e tapumes de madeira plástica.
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Ao despejar no mercado esse volume de produção, na prática, são cerca de mil toneladas de madeira natural que deixam de ser subtraídas da natureza. “Quando você corta árvores, não utiliza os galhos”, explica a AmbienteBrasil Vladimir Kudrjawzew, presidente executivo da Wisewood.
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Mas outro ganho ambiental expressivo reside no fato da madeira plástica ser fabricada a partir de resíduos de plásticos e de borracha. Com isso, a empresa montou uma extensa rede de agentes para coleta, gerando só nesse processo, conforme divulga, 3,5 mil empregos indiretos em sua cadeia produtiva.
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São utilizados recipientes descartados de produtos de limpeza, de higiene e brinquedos, por exemplo, além de pneus, um vilão poluente, como se sabe, em função de seu longo tempo para degradação no ambiente natural.
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“Estamos tentando desenvolver o uso de carcaças de computador como aditivo”, antecipa Vladimir que, com o sócio, Rogério Igel, também compra resíduos de pós-produção de outras indústrias e promove coletas direcionadas, por exemplo, em postos de combustíveis, para adquirir embalagens de óleos lubrificantes.
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A Wisewood está também estabelecendo parceria com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) para fazer a coleta e destinação de embalagens de agrotóxicos.
“Vamos procurar sempre os plásticos que hoje são mais difíceis de reciclar”, diz Vladimir.
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Mercado
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Os melhores clientes da madeira plástica são aqueles cujas aplicações requeiram grande durabilidade, já que o produto sintético tem resistência muito superior ao natural. Na construção civil, por exemplo, muitas vezes o tapume se acaba antes da obra e, no caso de formas para concreto, a construtora pode depois revendê-las para a própria Wisewood, onde passarão por reciclagem.
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Mas o que parece colocar a empresa num patamar de mercado confortável esbarra, na prática, em disputas desleais e questionáveis sob todos os pontos de vista. “Tem muita madeira ilegal na construção civil e, aí, nós não temos como competir”, diz Vladimir.
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Segundo ele, a área ferroviária é mercado promissor. “A Companhia Vale do Rio Doce demanda grande quantidade de dormentes somente para reposição em suas ferrovias. Se esta necessidade for atendida com dormentes de madeira plástica, a estrada terá sua vida útil ampliada e não será preciso desmatar".
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Para desenvolver o produto, a Wisewood contou com a colaboração da equipe da professora doutora Eloísa Mano, coordenada por Elen Vasques Pacheco, professora adjunta do Instituto de Macromoléculas Professora Eloísa Mano (IMA), da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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Mônica Pinto / AmbienteBrasil

Marina Silva destaca certificação de madeira na garantia de sustentabilidade ambiental

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu na segunda-feira (21), em Manaus (AM), a utilização de madeira certificada para a fabricação de móveis e artefatos em geral como forma de garantir a sustentabilidade desejada ao meio ambiente do país.
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Ela destacou o empenho do governo brasileiro nesse sentido e disse que a aprovação da Lei de Gestão de Florestas Públicas e a criação do Serviço Florestal Brasileiro e do Instituto Chico Mendes foram passos dados rumo à promoção do manejo e da certificação florestal no Brasil.
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"Quando assumimos em 2003, existiam cerca de 300 mil hectares de floresta certificada. Hoje já são 3 milhões de hectares de floresta certificada. Queremos fazer com que todos os que utilizam a madeira, desde os pequenos artefatos até grandes construções, trabalhem com madeira que seja oriunda de um manejo florestal adequado para que ela possa ser certificada", afirmou.
Cada hectare corresponde à área de a um campo de futebol.
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Marina Silva esteve na capital amazonense para conhecer o trabalho de instituições que utilizam madeira certificada em sua rotina de trabalho, como a Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (Oela) – organização não-governamental que, desde 1998, ensina jovens carentes da zona leste de Manaus a fabricar instrumentos musicais de corda.
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Por meio do curso básico de lutheria, meninos e meninas aprendem a fazer esse tipo de construção com a utilização de madeiras certificadas pelo selo verde FSC (sigla em inglês, que em português significa Conselho de Manejo Florestal), oriundas de áreas de manejo florestal.
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Para a ministra, o saber do homem amazônico e das populações tradicionais devem ser levados em consideração e tomados como exemplo. "O mercado está cada vez mais exigente no diz respeito às questões sociais e ambientais. O empreendedor deve se sentir acolhido por uma estrutura que viabilize o seu empreendimento com sustentabilidade ambiental, social, econômica e principalmente cultural.
Aqui na Amazônia nós precisamos envolver cada vez mais pessoas da região e comunitários porque eles têm saberes associados a essa floresta e à biodiversidade, e mais do que nunca podem nos ensinar como está sendo feito o trabalho ecologicamente adequado, como na Oela", complementou.
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O Conselho de Manejo Florestal (FSC) foi criado visando à conservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável das florestas em todo o mundo. O conselho criou um conjunto de regras reconhecidas internacionalmente que conciliam as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a viabilidade econômica. O Conselho Brasileiro de Manejo Florestal foi criado em 2001.
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(Agência Brasil)

Uma problemática crescente: como descartar corretamente resíduos sólidos urbanos?

Diante da crescente problemática ambiental, temas como poluição e o impacto causado por grandes indústrias em seu meio sempre vêm à tona. Porém, não menos importante, são os impactos causados pelos cidadãos no seu dia-a-dia, principalmente no que se refere ao consumo de produtos e o descarte inadequado desses resíduos.
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Nesta tônica podemos citar a disposição irregular de óleo de cozinha, pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes entre muitos outros.
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Este fato se dá, em grande parte, pelo desconhecimento da população no tocante a correta destinação final desses resíduos ou mesmo da existência e localização dos pontos de coleta dos mesmos.
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O óleo doméstico, por exemplo, não deve ser jogado nos ralos e vasos sanitários dos imóveis, pois, ainda que nas Estações de Tratamento seja tratado, o acúmulo de óleos e gorduras nos encanamentos pode causar entupimentos, refluxo de esgoto e até rompimentos das redes de coleta.
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Por este motivo a existência de caixa de retenção é, inclusive, uma exigência para a instalação da primeira ligação de esgoto em alguns ramos de atividade, a exemplo de restaurantes, lanchonetes, padarias, supermercados e shopping centers, entre outros previstos na legislação.
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A melhor forma de descarte dos óleos utilizados é colocá-los em uma garrafa plástica, por exemplo, as de refrigerantes, fechá-las e colocá-las no lixo normal, ou seja, o lixo orgânico.
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No estado de São Paulo, a preocupação em reutilizar o óleo resultante da fritura culminou com a assinatura da Lei n° 12.047 de 2005, que institui o Programa Estadual de Tratamento e Reciclagem de Óleos e Gorduras de Origem Vegetal ou Animal e Uso Culinário.
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A Secretaria de Serviços do município de São Paulo, responsável pela coleta de lixo na cidade, informou que existe um estudo em curso para disponibilização de áreas destinadas a reciclar o óleo doméstico. Contudo, foi o terceiro setor que antecipou as ações.
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Na região do Grande ABC, há um trabalho de coleta do óleo usado, onde todo o óleo arrecadado segue para reciclagem em uma usina, produzido sabão em pedra e sabonete.
O óleo é transformado em matéria-prima, também para produção de material de limpeza, cosméticos, fertilizantes, biodiesel.
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Ainda, há que citar as pilhas, baterias e assemelhados que convertem energia química em energia elétrica. De fato, o conceito de pilhas e baterias engloba as mais distintas formas que estes podem adotar, desde a bateria de um celular, a uma simples pilha de um controle remoto.
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A legislação brasileira proíbe o lançamento de pilhas e baterias in natura a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais; queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou equipamentos não adequados, conforme legislação vigente; lançamento em corpos d'água, praias, manguezais, terrenos baldios, poços ou cacimbas, cavidades subterrâneas, em redes de drenagem de águas pluviais, esgotos, eletricidade ou telefone, mesmo que abandonadas, ou em áreas sujeitas à inundação.
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A Resolução CONAMA Nº 257, de 30 de junho de 1999, determina que compete aos fabricantes e revendedores o recolhimento e encaminhamento adequado destes materiais para disposição final.
Já a Instrução Normativa nº 2, de 2000, obriga todos os produtores e importadores de pilhas e baterias a se cadastrarem no IBAMA.
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O descarte das pilhas domésticas gera uma discussão: muitos acham que o seu recolhimento deveria ser feito pelas empresas, uma vez que muitas cidades não são providas de aterros sanitários.
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Já o segmento empresarial alega que é responsabilidade das prefeituras prover os municípios de infra-estrutura básica. A prefeitura de São Paulo, por exemplo, informa que a responsabilidade é de quem vende a pilha.
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Mesmo assim, na hora de descartar, caso o consumidor não esteja seguro se sua pilha será encaminhada para um aterro sanitário, deverá buscar um posto de coleta. No estado São Paulo vários são os estabelecimentos privados que funcionam como posto de coleta de pilhas e baterias de 9V.
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Outro produto cujo descarte tem causado bastante preocupação entre os ambientalistas é a lâmpada fluorescente. O tratamento final mais recomendado para este produto é, sem dúvida, a reciclagem.
Enquanto o consumo destas lâmpadas aumentou significativamente nos últimos anos, o mesmo não se pode dizer de sua destinação correta.
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São consumidas no Brasil cerca de 85 milhões de lâmpadas e, desse montante, apenas 4% são destinadas à reciclagem. São poucos os Estados que apresentam uma legislação específica acerca da disposição destes produtos.
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Em São Paulo, a Lei nº 10.888 de 2001 regula que o Poder Executivo, em parceria com a iniciativa privada, deverá criar condições para que as empresas produtoras adotem um sistema de coleta, em recipientes próprios, para acondicionar este lixo. As infrações serão punidas com multa pecuniária, podendo inclusive ser determinada a suspensão da autorização de funcionamento do estabelecimento.
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No âmbito municipal, algumas cidades já têm normas exclusivas para destinação final das lâmpadas fluorescentes, como é o caso de São Paulo e de Campinas, através das Leis 12.653/1998 e 11.294/2002, respectivamente.
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À semelhança do que ocorre com o óleo de fritura, pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes, evidencia-se que a reciclagem surge sempre como a primeira opção em relação a outros inúmeros resíduos e já se mostra bem sucedida em vários segmentos, a exemplo das latas de alumínio, hoje quase totalmente reaproveitadas.
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Assim, a destinação final dos resíduos sólidos urbanos deveria ocupar lugar primordial na pauta das políticas de governo e, principalmente, nos programas de educação de todos os municípios.
Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno - Advogada especialista na área ambiental.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Rio Yang Tsé está no nível mais baixo em 142 anos

O rio Yang Tsé, o mais longo da Ásia e o terceiro do mundo, está em seu nível mais baixo em 142 anos devido à falta de chuvas, segundo a imprensa estatal.
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Desde outubro, mais de 40 navios encalharam no rio, que flui ao longo de 6,3 mil km e é o principal canal de transporte fluvial no país.A gravidade da situação obrigou o Ministério de Comunicações a aconselhar aos cargueiros que evitem navegar neste rio, informou o jornal China Daily.
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Segundo o jornal, em dezembro se armazenaram grandes quantidades de água na represa das Três Gargantas, o maior projeto hidrelétrico do mundo, mas responsáveis governamentais asseguraram que a seca não tem nada a ver com esta operação.
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"A falta de chuvas é a principal razão da seca do rio", assegurou um funcionário da Comissão de Recursos Hídricos do Yang Tsé.
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A seca é recorrente no norte da China, mas nos últimos tempos se estendeu para o sul, outrora úmido e chuvoso.
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O fenômeno, que os analistas atribuem em parte à mudança climática, já afetou cerca de 40 milhões de hectares de cultivos, um terço do total, em um país onde apenas 13% das terras são cultiváveis.
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(JB Online)

Israel usa energia solar para compactar lixo

Um projeto experimental da prefeitura de Jerusalém, em Israel, tem como objetivo o uso da energia solar para compactar lixo.
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Uma dessas lixeiras, chamada de “superlata”, já foi instalada na rua Jaffa, centro da cidade histórica, segundo o Centro de Mídia Brasil-Israel (Cembri).
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A lixeira comporta 750 litros de lixo que, com um sistema baseado em energia solar, podem ser compactados em 150 litros.
Depois de reduzido, esse volume é recolhido por caminhões.
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Ainda de acordo com o Cembri, uma hora de exposição ao sol garante que a lixeira funcione durante cinco dias.
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(Globo Online)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Cartilha alerta sobre recursos pesqueiros

No dia 2 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial das Zonas Úmidas.
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O termo é usado para designar ambientes continentais de água doce, salobra ou salgada, como pantanal, lagoas e banhados, e também ambientes costeiros e marinhos.
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Para marcar a data, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) está reeditando a cartilha "Pesca para o futuro" e o CD de mesmo nome, que trazem dados sobre a pesca mundial, as ameaças à atividade e sugestões de práticas sustentáveis.
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As chamadas Zonas Úmidas oferecem diversos produtos (recursos pesqueiros, água potável, combustível, etc) e serviços (controle de enchentes, retenção de carbono, proteção da costa) sendo, portanto, importantes do ponto de vista sócio-econômico.
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A idéia é que estes materiais sejam utilizados em seminários, congressos e aulas técnicas, além de reuniões comunitárias de pescadores e do setor industrial pesqueiro, como forma de alerta para a importância de se preservar uma atividade sustentável nessas regiões.
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Dados recentes apontam que 35 milhões de pessoas estão de alguma forma envolvidas em atividades de pesca e aqüicultura, sendo 95% em países em desenvolvimento, especialmente pescadores em pequena escala.
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Por outro lado, as pesquisas também indicam que 75% das grandes populações de peixes de importância comercial de águas interiores estão sendo explorados de forma excessiva, beirando o esgotamento de seus estoques.
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Além disso, drenagem, poluição e alteração das Zonas Úmidas também podem diminuir as pescarias e empobrecer as comunidades que vivem desta atividade.
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A proteção das Zonas Úmidas é regida pela Convenção de Ramsar, um tratado internacional que oferece as diretrizes para que se promova a conservação e o uso sustentável desses locais e de seus recursos.
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Um dos instrumentos utilizados pela Convenção, assinada por 150 países, é a designação de Sítios Ramsar, exemplos de áreas que possuem significativa importância para a reprodução e manutenção de recursos pesqueiros. Entrar nesta lista confere prestígio para a região e pode ser de grande valor para sua conservação.
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O Brasil possui oito áreas na lista: Área de Porteção Ambiental (APA) Baixada Maranhense (MA), APA das Reentrâncias Maranhenses (MA), Parque Estadual Marinho do Parcel Manuel Luiz (MA), Parque Nacional do Araguaia (TO), Pantanal Matogrossense (MT) e Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS).
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Os documentos que estão sendo reeditados pelo MMA foram utilizados no Dia Mundial das Zonas Úmidas em 2007, mas serão usados este ano novamente em função da importância do tema para o Brasil.
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O tema internacional para 2008 é "Áreas Úmidas Saudáveis, Pessoas Saudáveis", e também será abordado durante a 10ª Conferência das Partes da Convenção, em outubro, na Coréia.
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(MMA)

Impasse segue entre ambientalistas e baleeiros na Antártida

O grupo Sea Shepherd rejeitou o que classificou de "exigências terroristas" feitas pelo comando do baleeiro japonês Yashin Maru 2, no qual estão retidos dois ativistas que, na terça-feira (15), subiram a bordo para protestar contra a caça de baleias numa área protegida na Antártida.
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Segundo o comunicado, o Instituto Japonês de Pesquisa de Cetáceos (ICR, sigla em inglês), que coordena as operações japonesas em águas antárticas, ofereceu ao Sea Shepherd a libertação dos dois ativistas. Mas, em troca, exigiu que a organização pare de interferir nas suas ações.
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"O Instituto está atuando como uma organização terrorista, tomando reféns e fazendo exigências. Nossa política é não responder às exigências terroristas", disse Peter Brown, primeiro oficial do navio Steve Irwin, propriedade do Sea Shepherd, no qual viajavam os dois ativistas.
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Brown acrescentou que o plano para a devolução proposto pelos japoneses é "muito perigoso", porque ocorreria numa pequena embarcação, a dez milhas náuticas do navio usado pelos ativistas, o Steve Irwin.
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O britânico Giles Lane, de 35 anos, e o australiano Benjamin Potts, de 28, abordaram ontem o pesqueiro japonês. Eles pretendiam entregar uma carta informando que a embarcação tinha entrado de forma ilegal na recém-declarada reserva marinha da Austrália na Antártida.
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No mesmo dia, um juiz australiano declarou ilegal a caça de baleias na reserva marítima australiana na Antártida.
O Japão considerou a decisão ilegítima porque, na sua opinião, a Austrália não tem jurisdição sobre o território.
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O diretor do ICR, Minoru Morimoto, disse em comunicado que "é ilegal abordar um navio de outro país em alto mar, e como resultado os dois estão neste momento retidos em custódia, enquanto se tomam decisões sobre seu futuro".
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Segundo Brown, as condições impostas pelo ICR impediriam a ONG de filmar ou fotografar o baleeiro em ação.
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O ministro de Assuntos Exteriores australiano, Stephen Smith, pediu aos capitães do Yashin Maru 2 e do Steve Irwin que não impomham condições para a libertação dos dois ativistas retidos à força no baleeiro japonês.
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O pedido foi feito depois que o grupo Sea Shepherd rejeitou as exigências do baleeiro."Os capitães dos dois navios envolvidos têm a obrigação de garantir a transferência segura dos ativistas, que deverão ser transferidos para seu barco assim que possível", afirmou o chanceler australiano, em comunicado.
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Smith indicou que a representação diplomática australiana em Tóquio mantém contato constante com o governo do Japão e falou com o governo da Holanda, país onde o Steve Irwin está registrado.
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(Estadão Online)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Brasileira que luta por baleias na Antártida tem encontro raro com jubartes

Imagine ser um biólogo navegando pelos mares do sul lutando pela preservação das baleias. Agora, imagine acordar de manhã, se preparar para o café e receber o "bom dia" de um grupo de 50 baleias das mais raras do mundo, as jubartes.
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Pois foi exatamente isso que aconteceu com a brasileira Leandra Gonçalves, a bordo do navio Esperanza, do Greenpeace, no mar Antártico.
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A oportunidade única permitiu que os pesquisadores gravassem o som das jubartes, um registro raro. Leandra comemorou o feito. “Há pouquíssima informação sobre o comportamento de baleias no Oceano Sul e esses dados, somados àqueles já obtidos durante A Trilha das Grandes Baleias, são essenciais para uma maior compreensão das jubartes.”, afirmou ela.
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Leandra tem uma missão a bordo do Esperanza: enquanto o navio segue em busca da frota baleeira japonesa, ela quer provar que é possível estudar baleias de modo pacífico. “O governo japonês usa a desculpa da pesquisa científica para justificar um programa de caça às baleias que tem obviamente fins comerciais”, afirmou ela ao G1.
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“Nós vamos mostrar ao mundo que a gente consegue fazer ciência de qualidade sem matar”, disse ela.
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Depois da pressão internacional, os japoneses desistiram de caçar jubartes neste ano, mas ainda pretendem sacrificar cerca de mil baleias de outras espécies - algumas, como a fin, ameaçadas de extinção.
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(Globo Online)

Segundo Aneel, leilão de usina do Rio Madeira deve ser ratificado na próxima semana

Com a habilitação das empresas que negociarão a energia produzida pela hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, está aberto o caminho para a ratificação do resultado do leilão da usina, realizado em dezembro.
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Segundo o presidente da Comissão Especial de Licitação da Aneel, Helvio Neves Guerra, se não houver recursos até sexta-feira (11), o resultado do leilão poderá ser confirmado na próxima semana.
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Após a análise de documentos, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) habilitou as concessionárias que distribuirão a energia da usina. A lista com as 32 empresas habilitadas foi publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira (7).
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O leilão da hidrelétrica foi realizado em 10 de dezembro, na sede da Aneel, em Brasília, e seu resultado foi considerado surpreendente pelo Ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner.
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A concessão para construir e explorar a usina foi arrematada pelo consórcio liderado por Furnas e Odebrecht, que propôs o menor preço final, de R$ 78,87 por megawatt-hora, 35% abaixo dos R$ 122 estabelecidos inicialmente no leilão.
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No leilão, 32 concessionárias de distribuição já adquiriram cotas de energia do futuro empreendimento. Todas essas empresas, juntamente com as que compõem o consórcio vencedor, formado pela empreiteira Odebrecht e pela estatal do setor elétrico Furnas, tiveram até 2 de janeiro para apresentarem documentos que comprovassem a qualificação jurídica, técnica e econômica para participar do negócio.
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Segundo Guerra, embora o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ( Ibama) tenha de aprovar a licença de instalação para o início das obras, a construção deve se iniciar ainda este ano.“A expectativa é de que ele [o consórcio vencedor do leilão] obtenha essa licença de instalação ao longo do primeiro semestre e inicie a obra no final do primeiro semestre ou início do segundo, para que haja tempo para a instalação das primeiras turbinas até dezembro de 2012”, destacou.
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A hidrelétrica de Santo Antônio faz parte do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, considerado pelo governo como o investimento mais importante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de geração de energia.
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O investimento para a construção da usina será de R$ 9,5 bilhões.A usina deve estar totalmente pronta até 2016 e terá 3.150 megawatts de capacidade instalada, energia suficiente para abastecer, segundo a Aneel, cerca de 10 milhões de casas com consumo médio de 145 quilowatts-hora.
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(Agência Brasil)

Reservatórios caem e comitê se reúne para discutir energia

O nível dos reservatórios de água nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste continua caindo, apesar do esforço do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para poupar as hidrelétricas ao despachar as termelétricas.
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Assim, em meio às crescentes preocupações com a segurança no fornecimento, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) agendou uma reunião para esta quinta-feira, 10, para analisar a situação dos reservatórios e as condições da geração de energia pelas térmicas.
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O Informativo Preliminar Diário da Operação do dia 8 de janeiro, publicado nesta quarta pelo ONS, mostra ligeira queda de 0,1 ponto porcentual no nível de armazenamento das usinas das duas regiões, para 44,7% da capacidade total.
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Por conta disso, a diferença entre a curva do nível de armazenamento dos reservatórios e a curva de aversão ao risco (CAR), referência do operador para o volume de água necessário que garantiria o abastecimento do mercado com segurança, diminuiu ainda mais.
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A variação para CAR caiu de cinco pontos porcentuais, no dia 7, para 4,3 pontos porcentuais, no dia 8, tendo em vista que a CAR foi elevada de 39,8% para 40,4% no mesmo período.
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A situação é ainda mais grave porque as usinas do Sudeste e Centro-Oeste estão tendo de enviar energia ao Nordeste desde o fim do ano passado.
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A situação na região, porém, registrou ligeira melhora. No Nordeste, o nível dos reservatórios avançou de 27% para 27,1%, do dia 7 para o dia 8. No Sul, o documento informa recuo de 0,3 ponto porcentual no volume de água nos reservatórios da região, para 74% da capacidade total.
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Racionamento - A falta de chuvas no País preocupa o governo e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já admite a possibilidade de racionamento de energia ainda neste ano.
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O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, afirmou na terça que "não é impossível" que o Brasil passe por um novo racionamento de energia ainda em 2008. "Não estou dizendo que vai ter problema. Não é impossível haver um racionamento este ano, mas o mais provável é que não tenha", disse ele.
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Kelman defendeu até um contingenciamento para evitar situação parecida com a de 2001, quando a sociedade foi pega de surpresa e o governo teve de elaborar um plano de racionamento às pressas.
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No início, as medidas eram tratadas como racionalização. "Você só discute temas como apólice de vida e sepultura quando você está bem de saúde. Assim deve ser com coisas desagradáveis, como o racionamento. Esse assunto deve ser discutido muito antes. Não sob pressão.
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"Além de elaborar um plano de contingenciamento para um eventual apagão, o governo também deveria fazer campanhas para estimular a população a economizar recursos energéticos, disse Kelma.
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(Estadão Online)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Retomada de transposição desrespeita o povo, diz bispo

O bispo de Barra, na Bahia, d. Luiz Flávio Cappio, disse na segunda-feira (7) que a retomada das obras de transposição do Rio São Francisco é "uma fotografia da imensa insensibilidade e falta de atenção e de respeito do governo federal com os movimentos sociais e a sociedade civil como um todo".
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Ele reiterou a falta de diálogo do governo federal em torno de uma obra de tal grandeza, orçada em R$ 4,9 bilhões.
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No mês passado, o religioso fez uma greve de fome de 24 dias contra o projeto."O governo federal não quer dialogar com o povo, não aceita a participação da sociedade brasileira, que foi alijada e marginalizada", acusou d. Cappio, ao reafirmar a "total falta de espírito democrático" do governo federal.
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Hoje, as obras foram iniciadas nos municípios de Cabrobó e Floresta, no sertão de Pernambuco, sem manifestações ou protestos dos movimentos sociais que condenam o projeto do governo federal. "Nosso estilo de trabalho não é o confronto", afirmou o bispo.
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"Estou aberto para conversar, é só ele telefonar", reagiu o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. "Eu converso com todo mundo, sou um homem do Parlamento, experimentado no contraditório", disse.
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Porém, o ministro disse que não vai admitir que o diálogo embuta a premissa de paralisação das obras. No final de fevereiro, os movimentos sociais contrários à transposição irão se reunir em Sobradinho, na Bahia, em assembléia geral.
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(Estadão Online)

Programa Nacional finaciará projetos de gestão ambiental

O Ministério do Meio Ambiente apresentará aos estados, em fevereiro, a próxima etapa do Programa Nacional do Meio Ambiente, o PNMA III, que prevê investimentos de até US$ 31,57 milhões, ao longo dos próximos seis anos, em projetos estaduais de fortalecimento institucional da área de meio ambiente e gestão de ativos ambientais.
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Os recursos são financiados em 70% pelo Banco Mundial, com a contrapartida dividida entre os tesouros da União e dos estados.
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Executores dos projetos do PNMA, os secretários estaduais de Meio Ambiente vão conhecer os novos critérios que serão aplicados para qualificar os interessados em acessar os recursos: serão avaliados 15 itens para medir a capacidade de gestão ambiental de cada estado.
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Quanto mais capacitado, maior o volume de recursos a que ele pode se candidatar.
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Um dos novos critérios que passa a ser adotado este ano é a existência, ou não, de quadro de pessoal específico e plano de carreira para funcionários da área ambiental.
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Técnicos do Ministério do Meio Ambiente e do Banco Mundial entendem que a existência dessa estrutura de pessoal é essencial para a continuidade das ações de governo, especialmente em programas de médio e longo prazo, como são os previstos no PNMA.
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Além da qualificação, os estados devem apresentar projetos que contemplem prioridades previamente estabelecidas e chanceladas pelos respectivos conselhos estaduais de meio ambiente.
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Serão contemplados projetos nas linhas de desenvolvimento institucional (melhoria dos instrumentos de gestão, licenciamento e monitoramento ambiental e instrumentos econômicos) e de gestão de ativos ambientais, que apoiará projetos estaduais de conservação ambiental e desenvolvimento sustentável em áreas de bacia hidrográfica.
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O PNMA II começou a ser implementado em 2000, com um estudo de identificação e priorização de problemas ambientais em cada unidade da federação, que subsidiou a formulação dos projeto a serem financiados.
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Nos seis anos subseqüentes foram aplicados US$ 18,4 milhões em 43 projetos de 17 estados.
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Um dos focos daquela etapa foi o desenvolvimento da suinocultura sustentável em projetos desenvolvidos em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Bahia e Pernambuco.
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Na linha de desenvolvimento institucional, o PNMA II financiou, entre outros, projeto de desenvolvimento de sistema de licenciamento informatizado em 12 estados, que foram a base para a construção do Portal Nacional do Licenciamento Ambiental.
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O financiamento para PNMA III está em fase final de negociação e a expectativa é que os recursos comecem a ser liberados em outubro.
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(MMA)

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Governo pode adotar medida de emergência por falta de chuva

As chuvas na primeira semana de janeiro ficaram 53% abaixo da média histórica dos últimos 76 anos na região Sudeste/Centro-Oeste e em torno de 50% na região Nordeste, segundo divulgou nesta segunda-feira (7).
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Com isso, os reservatórios da região Sudeste continuam perdendo água e estavam em 44,9% da capacidade máxima de armazenamento no domingo (6), o que representa uma folga de apenas 5,6 pontos percentuais em relação à curva de aversão ao risco (CAR), mecanismo criado pelo governo após o racionamento de 2001/2002 para dar mais segurança à oferta de energia.
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Se os reservatórios continuarem caindo, teoricamente, o governo poderá adotar medidas de emergência para economizar água e energia nas hidrelétricas visando evitar um quadro que leve ao racionamento de energia.
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Fontes do setor admitem, porém, que mesmo que não haja sinais de um novo racionamento nos próximos dois anos, o governo está sem alternativas para ampliar a oferta no curto prazo.
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"Os preços no atacado, por si só, mostram que as opções são pequenas", explicou um especialista. Até porque o ONS está "despachando" (determinando a operação) de todas as térmicas que estão em condições de gerar energia.
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Embora o País disponha de uma capacidade de geração de até 12.000 MW médios de usinas térmicas movidas a gás natural, o ONS não pode lançar mão desses recursos devido à falta do combustível.
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O compromisso da Petrobras é gerar cerca de 3.900 MW médios no primeiro semestre, subindo para 4.700 MW no segundo semestre. Para isso, porém, a empresa terá de contratar gás natural liquefeito (GNL), já que a produção interna e a importação da Bolívia estão abaixo das necessidades do mercado.
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No domingo, o ONS despachou o equivalente a 4.557 MW médios de usinas térmicas (gás natural, carvão, óleo diesel e óleo combustível), o que representa menos de 10% do atual consumo nacional, que oscila em torno de 52.000 MW médios.
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"As térmicas, no Brasil, apenas complementam o suprimento de energia. As hidrelétricas respondem por 90% do consumo nacional e se faltar água não vai dar para improvisar só do lado da oferta", complementou o técnico do setor.
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Além de hidrelétricas e térmicas convencionais, o Pais conta com cerca de 2.000 MW de energia nuclear e uma produção incipiente de usinas eólicas (produção de apenas 33 MW).
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Reservatórios - Tradicionalmente, ocorre recuperação nos reservatórios em janeiro, com o aumento das chuvas. Este ano, porém, os reservatórios do Sudeste estão perdendo água/energia devido à falta de chuvas.
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No final de dezembro as hidrelétricas da região tinham o equivalente a 87.428 MW médios armazenados e no domingo esse montante caiu para 85.236 MW, com redução de 2.192 MW médios em seis dias.
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No Nordeste, os reservatórios estão em 27% da capacidade máxima de armazenamento, com folga de 17 pontos na curva de aversão. O volume armazenado no Nordeste, porém, soma menos de 14.000 MW.
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O ONS aumentou para quase 3.000 MW médios a transferência de energia elétrica do Sudeste para as regiões Norte e Nordeste esta semana, o que está acelerando o esvaziamento dos reservatórios do Sudeste.
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Tradicionalmente há chuvas intensas na região Norte no início do ano, o que permite que o operador transfira energia daquela região para o Nordeste, mas isso não está ocorrendo este ano.
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As chuvas na região Norte estão 64% abaixo da média histórica de longo prazo, o que se caracteriza como um dos períodos mais secos, na região, nas últimas décadas. "Sem chuvas no Norte, o suprimento do Nordeste também é comprometido", complementou um técnico do setor.
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Os especialistas afirmam, porém, que, a curto prazo, não há sinais de que o Brasil vá caminhar para algum tipo de racionamento de energia elétrica ao longo dos próximos dois anos, já que o "período molhado" (de chuvas) no Sudeste perdura até abril.
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"Ainda temos três meses para aguardar chuvas", observa um especialista. "Se as chuvas forem intensas em apenas em um mês e nos locais certos, a situação se estabiliza", complementou.
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Preços
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Com a falta de chuvas, os reservatórios das hidrelétricas estão perdendo água/energia, o que pressiona os preços no atacado. Os preços de referência de energia elétrica no mercado atacadista subiram para R$ 473,30 por MWh para os negócios a serem realizados esta semana, conforme dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
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Esse patamar representa aumento de 91,61% em relação ao vigente na semana passada e são os mais elevados desde o final do racionamento de energia, em junho de 2002.
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Atualmente, cerca de metade de toda a energia consumida pelo setor industrial no Brasil é no mercado livre, que sofre impacto dos preços no atacado.O panorama atual é radicalmente diferente em relação ao observado nos últimos cinco anos, em que houve excesso de chuvas e os reservatórios das hidrelétricas estavam cheios, o que se refletia nos preços no atacado.
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Na primeira semana do ano passado, por exemplo, os preços da CCEE estavam em R$ 28,16 por MWh na região Sudeste e em R$ 17,59 no Nordeste. Em 2006, a situação era ainda mais tranqüila, com os preços estabelecidos em R$ 16,92 por MWh, que é o piso do "preço da água", fixado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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(Estadão Online)

Austrália começa a vigiar caça a baleias por mar e ar

A Austrália começará esta semana a vigiar por mar e ar os baleeiros japoneses na Antártida, anunciou o ministro de Exteriores, Stephen Smith.
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A embarcação Oceanic Viking, do Departamento de Alfândegas, zarpará nos próximos dias do porto de Perth, no sul do país, para uma missão de 20 dias nas gélidas águas e depois se unirá a ele um Airbus A-319 usado pela missão científica da Austrália no continente gelado, disse Smith, segundo a rádio estatal.
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A nave gravará, com um equipamento de vídeo e fotografia, a atividade dos baleeiros japoneses e informará pontualmente ao governo australiano todas as incidências e o número de baleias capturadas e suas espécies.
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A Comissão Baleeira Internacional pediu a Tóquio que detenha a caça de baleias, feita pelo Japão sob o argumento de estudos científicos.
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Este organismo ratificou a moratória vigente desde 1986, que proíbe a caça de baleias com fins comerciais, apesar das pressões japonesas para que se levante o veto para as capturas em pequena escala.
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A Noruega é o único país do mundo que permite a caça comercial de cetáceos, mas Japão e Islândia caçam mais de duas mil baleias por ano com fins "científicos", o que, segundo os grupos ambientalistas e o governo australiano, entre outros, é uma forma encoberta de caça para fins comerciais.
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(Estadão Online)
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Brasil participa de protesto contra o Japão pelo fim da caça às baleias
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O Brasil está entre os 31 países que apoiaram um protesto diplomático formal contra a caça às baleias promovida pelo Japão, segundo informações da organização não-governamental Greenpeace. O protesto, liderado pelo governo da Austrália, foi entregue pelo embaixador australiano ao governo japonês, em Tóquio.
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O Greenpeace informou também que neste ano o Japão pretende caçar quase mil baleias somente no Oceano Antártico, onde está um dos santuários destes animais – o outro fica no Oceano Índico e um terceiro está sendo reivindicado por países conservacionistas no Atlântico Sul.
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Ainda de acordo com a organização, o programa de caça japonês causa prejuízo à industria australiana de turismo de observação de baleias, que movimenta mais de US$ 300 milhões por ano.
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Além do Brasil, também apoiaram a Austrália no protesto Argentina, Áustria, Bélgica, Chile, Comissão Européia, Costa Rica, Croácia, República Tcheca, Equador, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Israel, Itália, Luxemburgo, México, Mônaco, Holanda, Nova Zelândia, Portugal, San Marino, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Reino Unido e Uruguai. (Agência Brasil)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

' The Guardian' põe Marina Silva entre '50 pessoas que podem salvar o planeta'

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, foi citada no sábado (5) em uma lista preparada pelo jornal britânico The Guardian com "as 50 pessoas que podem ajudar a salvar o planeta".
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Segundo o jornal, a lista, preparada por um painel de especialistas, identifica "os 50 homens e mulheres com o poder de nos salvar de nós mesmos".
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"Todo mundo concorda que uma ação urgente é necessária para evitar uma mudança climática catastrófica, mas quem realmente tem a influência e as idéias para fazer isso acontecer?", diz o Guardian em sua apresentação.
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No texto dedicado a Marina Silva, o jornal destaca sua história como "filha de um seringueiro brasileiro, passando sua infância coletando látex da floresta amazônica e protestando contra a destruição provocada pelos madeireiros ilegais".
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"Em uma das grandes histórias políticas, ela passou de analfabeta aos 16 anos à mais jovem senadora do Brasil e agora é a mulher mais capaz de prevenir a total ruína da Amazônia", diz o texto.
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O jornal comenta que, sob sua gestão no ministério, o desmatamento na Amazônia caiu 75%, e vastas áreas de floresta foram destinados a comunidades indígenas."Mas o futuro, diz Silva, é arriscado.
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A única maneira de evitar uma perda no longo prazo é com ajuda internacional", diz o jornal, citando uma declaração da ministra: "Não queremos caridade, é uma questão da ética da solidariedade".
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A ministra é a única latino-americana da lista, que traz ainda nomes como os do ex-vice-presidente americano Al Gore, da primeira-ministra alemã, Angela Merkel, do geneticista americano Craig Venter, do prefeito de Londres, Ken Livingstone, e até mesmo do ator norte-americano Leonardo DiCaprio.
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A foto da ministra é uma das três escolhidas para ilustrar a chamada para a lista na capa do jornal, ao lado de Leonardo DiCaprio e da ambientalista Wangari Maathai, ex-ministra-assistente do Meio Ambiente do Quênia e Nobel da Paz de 2004.
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(Estadão Online)

domingo, 6 de janeiro de 2008

Dessalinização da água pode ajudar a combater mortalidade infantil no Semi-Árido

A substituição do material importado para dessalinização da água, a partir de pesquisa coordenada pelo professor Kepler França na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, segundo informações do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que financia o projeto, está a redução dos custos de produção.
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Por intermédio do CNPq, o professor afirma que a conseqüência mais positiva é o que a dessalinização da água salobra, transformada em água doce ou potável, pode trazer para a saúde, em especial para o combate à mortalidade infantil na região do Semi-Árido nordestino.
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O município paraibano de Serra Branca, onde está centralizada a pesquisa, tem um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,662 e ocupa a 3.567ª posição no Brasil.
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Lá é alto o índice de mortalidade infantil: de cada mil crianças nascidas no município, 44 morrem antes de completar um ano de idade.
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"Com esse projeto alcançamos impactos significativos na área de saúde e para a melhoria da qualidade de vida, com o consumo de água de boa qualidade, conseqüentemente contribuindo para a redução da mortalidade infantil e o combate ao baixo nível de desenvolvimento humano, social e econômico", disse o professor Kleper França.
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Os dados e necessidades relativos à cidade de Serra Branca, segundo o coordenador da pesquisa, "são também um reflexo do que ocorre em diversos municípios do Semi-Árido brasileiro, revelando a necessidade urgente de melhoria de qualidade de vida da população dessas regiões".
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Ainda segundo os dados do professor Kleper França, repassados pelo CNPq, na década de 1990, com os avanços tecnológicos e os programas oficiais de apoio a municípios afetados pela seca, montadoras nacionais viabilizaram melhorias para as unidades de dessalinização, aproveitando a água salobra de poços já perfurados e transformando as unidades para capacidades de porte médio, de 2 mil a 5 mil litros por hora, mas usando tecnologia importada.
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O projeto em desenvolvimento pela equipe do professor Kleper França no Laboratório de Referência em Dessalinização (Labdes) da UFCG, em parceria com a Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), busca substituir a tecnologia importada por uma congênere nacional, bem mais barata e mais adaptada à realidade regional onde está sendo aplicada.
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(Agência Brasil)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

2008: O ano do Planeta!

(*)"Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo", e que o Meio Ambiente possa literalmente gozar de vida nova "no ano que vai nascer".
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The International Year of Planet Earth (2007–2009): Earth Sciences for Society, como se vê, na verdade é um projeto que comporta um triênio. Porém, pela Sessão Plenária de 22 de dezembro de 2005, a Organização das Nações Unidas (ONU) elegeu 2008 como "O Ano do Planeta", o que representa, mundialmente, um marco histórico importantíssimo para um direcionamento enérgico das ações humanas em favor da preservação ambiental, da conservação dos recursos naturais e da qualidade de vida.
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Os cientistas fundadores do "International Year of Planet Earth" declararam ter procurado apoio da ONU, para estimular políticos e governantes dos 191 países congregados à ONU a usarem as "Ciências da Terra" como meio de desenvolvimento sustentável em seus países, além de induzi-los a reportarem à própria ONU os progressos realizados, e também para conferir credibilidade à iniciativa, facilitando a participação de doadores e patrocinadores para os objetivos a serem alcançados.
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Aliás, para receber tais doações e patrocínios, foi criada uma pessoa jurídica sem fins lucrativos, conforme legislação do Delaware State, nos Estados Unidos da América.
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Espera-se por colaboração financeira vinda de indústrias privadas multinacionais, instituições intergovernamentais multinacionais, bancos de desenvolvimento, organizações científicas, governos locais, regionais e nacionais, organizações não-governamentais, fundos de caridade, solicitação direta de pequenas contribuições de indivíduos pela internet e demais doadores.
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"Ano Internacional do Planeta Terra" é um projeto científico grandioso e ambicioso. Congrega doze importantíssimas organizações fundadoras, que são:
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1. "International Union of Geodesy and Geophysics" (IUGG); 2. "International Geographical Union" (IGU); 3. "International Union of Soil Sciences" (IUSS); 4. "International Lithosphere Programme" (ILP); 5. "Geological Survey of the Netherlands TNO" (TNO); 6. "The Geological Society of London" (GSL); 7. "International Soil Reference and Information Centre" (ISRIC); 8. A consortium of the "International Association of Engineering Geologists and the Environment" (IAEG), the "International Society of Rock Mechanics" (ISRM) and the "International Society of Soil Mechanics and Geotechnical Engineering" (ISSMGE); 9. "International Union for Quaternary Research" (INQUA); 10. "American Geological Institute" (AGI); 11. "American Association of Petroleum Geologists" (AAPG); 12. "American Institute of Professional Geologists" (AIPG).
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Além desses sócios-fundadores, conta-se ainda com a presença de mais 25 instituições científicas associadas, sem falar que mais de 44 países, através de suas comunidades geocientíficas, manifestaram apoio ao projeto, por declarações escritas.
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Dentre uma variada gama de objetivos, o "Ano Internacional do Planeta Terra" busca: reduzir riscos para a sociedade, através do conhecimento atual e de novas pesquisas; reduzir problemas de saúde da Humanidade, melhorando-se os aspectos médicos das ciências; descobrir novos recursos naturais e torná-los exploráveis em um modo sustentável; construir estruturas mais seguras; determinar o grau de participação humana nos fatores de mudança climática; melhorar a compreensão das condições do fundo do mar, relevantes para a evolução da vida; estimular nas sociedades os interesses pelas ciências; expandir o número de estudantes de ciências; aumentar os orçamentos para pesquisas; e promover exposição e aplicação das geociências.
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O "Ano Internacional do Planeta Terra" objetiva ainda demonstrar as grandes realizações no campo das geociências e apressar a aplicação de tais conhecimentos, por políticos e formadores de opinião, em benefício da Humanidade.
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Evidentemente, as ações ambientais se dirigirão também aos eleitores, para que cada vez mais a questão ambiental passe a ser decisiva na escolha de governantes e parlamentares.
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O sucesso do "Ano do Planeta" depende, evidentemente, dos países que compõem a Ordem Internacional. Cada país do globo terrestre deve participar. "National implementation of the Year of Planet Earth is essential for its success", como bem escreveu Eduardo F.J. de Mulder, Chair of the Management Team of the International Year of Planet Earth e ex-presidente da IUGS (International Union of Geological Sciences).
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Evidentemente, Mulder se referiu aos Comitês Nacionais do próprio projeto "Year of Planet Earth". Penso que será fundamental que tais Comitês Nacionais recebam apoio, inclusive financeiro, no âmbito interno dos países, numa necessária união de propósitos e atuações, congregando Governo, iniciativa privada, terceiro setor e sociedade em geral.
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"Every country is encouraged to create such a committee", reza o "Prospectus and Business Plan - International Year of Planet Earth: Earth Sciences for Society", publicado em dezembro de 2006.
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Vale lembrar que a ONU apontou a "United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization" (UNESCO) para estar à frente do projeto, juntamente com a IUGS, por óbvio.
No Brasil, o "Ano do Planeta" gerou uma importante iniciativa. Em campanha publicitária da NEOGAMA/BBH foi divulgada recentemente a criação do "Banco do Planeta" no âmbito do "Banco Bradesco S.A" para programas de responsabilidade sócio-ambiental.
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Outras instituições financeiras, públicas e privadas, certamente irão apresentar variadas iniciativas, igualmente relevantes, durante o ano de 2008, de maneira que, acredito, a injeção de capital privado em medidas ambientais cada vez mais crescerá.
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Aliás, o que me chama a atenção é o engajamento cada vez maior de empresas públicas, sociedades de economia mista, empresas privadas e pessoas jurídicas sem fins lucrativos, na questão ambiental.
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Por exemplo, no Brasil, as promoções do "Ano Internacional do Planeta Terra" (AIPT) recebem apoio da Petrobras e da Academia Brasileira de Ciências.
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O Poder Público também não ficará de fora, por óbvio.
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O Congresso Nacional realizará uma sessão solene no mês de abril para tratar do assunto. Está também previsto um seminário técnico-científico com representantes dos países da América Latina, a ocorrer entre os dias 21 e 25 de abril.
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Além disso, vários eventos de natureza ambiental deverão ocorrer no Brasil e no mundo para promover o "Ano Internacional do Planeta Terra", assim como as "Ciências da Terra".
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Enfim, o "Ano do Planeta" é na verdade uma forma criativa de arrecadar fundos para pesquisa científica, propagar idéias sustentáveis com embasamento científico e fazer despertar a consciência ambiental global.
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Ao Meio Ambiente, Feliz 2008!
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*Thiago Cássio d´Ávila Araújo Palestrante em temas de Direito Ambiental, escritor, mestrando em Direito e Políticas Públicas no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), procurador Federal da Advocacia-Geral da União lotado na Consultoria Jurídica da EMBRATUR em Brasília/DF. thiago-davila@uol.com.br
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Referências
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MULDER, Eduardo F. J.. Year of Planet Earth Wins UN Declaration. A letter from Eduardo F.J. de Mulder. Disponível em: <http://www.iugs.org/Year_of_Planet_Earth_Wins_UN_D/body_year_of_planet_earth_wins_un_d.html.> Acesso em 27 dez 2007. NOTÍCIA. Neogama/BBH cria para Bradesco divulgar o Banco do Planeta. Disponível em: <http://www.revistapublicidad.com/>. Acesso em 27 dez 2007. PLANET EARTH. Earth Sciences for Society. Prospectus and Business Plan - International Year of Planet Earth. Publicado em dezembro de 2006. Disponível em: <http://www.yearofplanetearth.org/content/downloads/PlanetEarthBP.pdf>. Acesso em 27 dez 2007.RADIOBRÁS. CANUTO, Lourenço. Repórter da Agência Brasil. Petrobrás e Academia Brasileira de Ciências apóiam promoções do ano do planeta. Disponível em: <http://www.agenciabrasil.gov.br/>. Acesso em 27 dez 2007.

Rio Madeira vai ganhar sensores para monitorar qualidade da água

A partir de 2008, o monitoramento da qualidade das águas do Rio Madeira, em Rondônia, ganhará reforço em função de um trabalho conjunto entre o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) que teve início neste mês.
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Serão instalados sensores capazes de fazer o acompanhamento permanente de indicadores relativos à poluição das águas, à quantidade de sedimentos e à variação de qualidade ao longo das estações secas e chuvosas.
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Ambientalistas estão preocupados com a qualidade das águas do Madeira, após o anúncio das empreiteiras que ficarão responsáveis pela construção da primeira usina do complexo hidrelétrico do rio - Santo Antônio - que deve gerar 3,15 mil megawatts a partir de 2016.
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De acordo com o especialista em Recursos Hídricos da ANA, Maurrem Ramon Vieira, a ação conjunta compreende uma segunda etapa, onde os dados coletados irão alimentar o banco de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) da agência, que ficará disponível na internet para atender órgãos de defesa do meio ambiente, de fiscalização, instituições de pesquisa e usuários das águas do Madeira.
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A estimativa é de que os dados estejam liberados para consulta pública a partir do segundo semestre de 2008.
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"A idéia é instalar duas sondas de monitoramento automático de qualidade de água, que vai nos dar informações sobre temperatura, PH, turvidez, condutividade elétrica junto às águas do Madeira, em dois pontos.
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Essas informações vão permitir o acompanhamento das alterações que poderão vir a ocorrer após o início da construção da hidrelétrica.
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No Brasil, existem poucas iniciativas com esse nível de informação sobre a qualidade das águas e isso significa que ela é inédita para a região e que vai fornecer um nível e uma densidade de informação sem precedentes para a população", afirmou.
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A chefe da Divisão de Análise Ambiental do Sipam em Porto Velho, Ana Strava, explicou que as águas do Madeira são utilizadas para o abastecimento da cidade e de outras comunidades ribeirinhas.
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O monitoramento permitirá a ação imediata dos órgãos públicos para proteção da saúde dessa população, estimada em aproximadamente 400 mil habitantes.
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"No caso específico do Madeira, há expectativa de que haja uma alteração em todo o fluxo de sedimentos, o que possivelmente vai alterar a formação de ilhas, os processos erosivos e os nutrientes.
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É importantíssimo que seja feito o acompanhamento anterior e posterior à instalação dos empreendimentos para verificar tais alteracões.
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A intenção do Sipam é desenvolver esses estudos em parceria com a ANA e depois disponibilizar os resultados para os que decidem e para a sociedade em geral", acrescentou.
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(Fonte: Amanda Mota / Agência Brasil)

Biofiltro para tratamento das águas na Antartica

Este vídeo demonstra o funcionamento de um filtro biológico para tratamento das águas utilizadas na estação Antartica. Uma solução simples e eficiênte, de baixo custo que exige um mínimo de manutenção que devolve água limpa para o oceano antártico.