quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Minas Gerais e Espírito Santo convocam a sociedade para discutir Plano Integrado de Recursos Hídricos

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No dia 21 de outubro será realizada a primeira consulta pública, em São Gabriel da Palha, no Espírito Santo. Os encontros têm como objetivo apresentar à sociedade o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce.
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Durante 18 meses foram realizados estudos e pesquisas para a elaboração do plano.No dia 22 a audiência será realizada em Coronel Fabriciano, na região do Vale do Aço, Minas Gerais. Seguida de Caratinga, no dia 23 e Governador Valadares, no dia 29. Em novembro os encontros acontecem em Ponte Nova, no dia 3; Manhuaçu, no dia 4; Açucena, 5, e em Governador Valadares, novamente, no dia 6 de novembro.
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As consultas serão realizadas também no Espírito Santo, em Afonso Cláudio, 26 de outubro, e Colatina, 27 de outubro.
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Segundo a gerente de Planejamento de Recursos Hídricos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Célia Fróes, a participação da sociedade é importante para a conclusão dos trabalhos e definição de metas. Os enquadramentos dos 16 principais cursos de água da região também serão discutidos, de acordo com a gerente. “O enquadramento é o estabelecimento do nível de qualidade a ser alcançado ou mantido em um corpo d'água e não tem, necessariamente, que estar baseado na qualidade atual dos corpos hídricos, mas sim na qualidade desejável”, explicou.
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As sugestões deverão ser incorporadas ao projeto até o dia 30 de dezembro, prazo em que o consórcio contratado para a elaboração do plano deve entregar o projeto. O Comitê da Bacia do Rio Doce e, em Minas Gerais e o Conselho Estadual de Recursos Hídricos, no Espírito Santo, vão analisar o documento em 2010. As ações devem ser implementadas em um prazo máximo de 10 anos.
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*Com informações da ascom.
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Danielle Jordan / AmbienteBrasil

Alunos de universidade catarinense avaliam capacidade energética em aterros sanitários

Durante um ano os alunos Matheus Zaguini e Paulo Ecco, do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), avaliaram a capacidade de geração de energia elétrica nos aterros sanitários de Içara, Biguaçu e Itajaí. Juntos eles recebem mensalmente cerca de 44 mil toneladas de lixo.
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Segundo o estudo, que será apresentado no 19º Seminário de Iniciação Científica da UFSC, nos dias 21 e 22 de outubro, o potencial é para abastecer 17.200 residências com energia elétrica a partir da biomassa.
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Os estudantes, bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Pibic/CNPq), foram orientados pelo professor Armando Borges.
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Somente o aterro de Biguaçu tem capacidade para gerar energia para 9.400 residências. O local, que foi aberto em 1991, deve receber mais 1,3 milhão de toneladas até seu fechamento em 2013.
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*Com informações da UFSC.
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Danielle Jordan / Ambiente Brasil

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Uso da água divide mineradoras e Estado

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O uso da água escassa do Norte de Minas abriu uma queda de braço entre o Governo do Estado e as mineradoras interessadas em explorar as jazidas de ferro da região de Rio Pardo de Minas, estimadas em 10 bilhões de toneladas - quase metade do potencial do Quadrilátero Ferrífero, que inclui 30 municípios mineiros, entre eles os da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Itabira e Mariana, onde estão importantes minas da Vale.
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As mineradoras querem construir um mineroduto - tubulação para transporte de minério de ferro - até o Porto de Ilhéus, na Bahia, mas o Governo de Minas Gerais é contra, por considerar que a solução consumiria muita água. Para o Governo do Estado, o ideal seria a construção de uma ferrovia. A logística de transporte da produção, seja por mineroduto ou ferrovia, e a exploração do mineral vão demandar investimentos de R$ 2,4 bilhões. A polêmica veio à tona ontem, durante audiência pública sobre o projeto em Rio Pardo de Minas.
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O município de Rio Pardo de Minas fica a 500 quilômetros do Sul da Bahia, onde seria feito o escoamento da produção. A construção do mineroduto custaria US$ 500 mil por quilômetro instalado. No total, seriam gastos US$ 250 milhões. Já com a estrada de ferro, o valor seria o dobro. “As empresas não são contra a ferrovia. Porém, elas só aceitarão esta possibilidade por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP)”, revela o diretor do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), Jamil Habib Cury.
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Segundo Cury, além de Rio Pardo, outras cidades da região, como Grão Mogol e Salinas, também possuem potencial mineral. Cury diz que o minério de ferro encontrado na região tem uma qualidade boa, com um teor de concentração de 42%. No quadrilátero ferrífero, esse teor é de 60%.
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O diretor-presidente da Mineração Minas Bahia (Miba), Alexandre Couri Sadi, disse que a empresa vai investir R$ 1 bilhão na exploração do mineral. Segundo ele, somente nos estudos de prospecção, feitos nos últimos 3 anos, já foram gastos mais de R$ 30 milhões. Ele confirmou que as empresas estão unidas para aceitar a construção da ferrovia somente por meio de uma PPP.
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“É perfeitamente viável explorar o ferro encontrado na região. Precisamos do apoio do Governo para a possibilidade de uma estrada de ferro, que vai ficar muito cara. O que não vamos fazer, em hipótese alguma, é desistir deste projeto”, afirma Sadi.
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A audiência pública em Rio Pardo de Minas reuniu órgãos públicos e representantes de mineradoras como Vale, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Votorantim Metais e Miba. Na pauta de discussões, além da logística, incentivos fiscais. Rio Pardo de Minas possui 28,2 mil habitantes e fica a 681 quilômetros de Belo Horizonte.
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(Fonte: Portal Hoje em Dia