terça-feira, 9 de março de 2010

Vem aí a Semana Mundial da Água – 22 a 26 de março

Daqui a duas semanas começam as ações em favor de nosso copo d'água de cada dia. São milhares de questões que envolvem a exploração e sustentabilidade no uso da água. Todos nós estamos ligados a esse elemento. Quando tomamos o café da manhã, tomamos água no próprio cafezinho, no pão, na manteiga, no suco de laranja e ai vai. Pra produzir a chaleira e cafeteira milhões de litros são consumidos diariamente. Pra irrigar frutas e legumes outro tanto. Com tudo isso essa é a semana mais importante do ano. Portanto vamos ficar atento a ela.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Minas Gerais e Espírito Santo convocam a sociedade para discutir Plano Integrado de Recursos Hídricos

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No dia 21 de outubro será realizada a primeira consulta pública, em São Gabriel da Palha, no Espírito Santo. Os encontros têm como objetivo apresentar à sociedade o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce.
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Durante 18 meses foram realizados estudos e pesquisas para a elaboração do plano.No dia 22 a audiência será realizada em Coronel Fabriciano, na região do Vale do Aço, Minas Gerais. Seguida de Caratinga, no dia 23 e Governador Valadares, no dia 29. Em novembro os encontros acontecem em Ponte Nova, no dia 3; Manhuaçu, no dia 4; Açucena, 5, e em Governador Valadares, novamente, no dia 6 de novembro.
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As consultas serão realizadas também no Espírito Santo, em Afonso Cláudio, 26 de outubro, e Colatina, 27 de outubro.
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Segundo a gerente de Planejamento de Recursos Hídricos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Célia Fróes, a participação da sociedade é importante para a conclusão dos trabalhos e definição de metas. Os enquadramentos dos 16 principais cursos de água da região também serão discutidos, de acordo com a gerente. “O enquadramento é o estabelecimento do nível de qualidade a ser alcançado ou mantido em um corpo d'água e não tem, necessariamente, que estar baseado na qualidade atual dos corpos hídricos, mas sim na qualidade desejável”, explicou.
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As sugestões deverão ser incorporadas ao projeto até o dia 30 de dezembro, prazo em que o consórcio contratado para a elaboração do plano deve entregar o projeto. O Comitê da Bacia do Rio Doce e, em Minas Gerais e o Conselho Estadual de Recursos Hídricos, no Espírito Santo, vão analisar o documento em 2010. As ações devem ser implementadas em um prazo máximo de 10 anos.
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*Com informações da ascom.
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Danielle Jordan / AmbienteBrasil

Alunos de universidade catarinense avaliam capacidade energética em aterros sanitários

Durante um ano os alunos Matheus Zaguini e Paulo Ecco, do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), avaliaram a capacidade de geração de energia elétrica nos aterros sanitários de Içara, Biguaçu e Itajaí. Juntos eles recebem mensalmente cerca de 44 mil toneladas de lixo.
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Segundo o estudo, que será apresentado no 19º Seminário de Iniciação Científica da UFSC, nos dias 21 e 22 de outubro, o potencial é para abastecer 17.200 residências com energia elétrica a partir da biomassa.
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Os estudantes, bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Pibic/CNPq), foram orientados pelo professor Armando Borges.
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Somente o aterro de Biguaçu tem capacidade para gerar energia para 9.400 residências. O local, que foi aberto em 1991, deve receber mais 1,3 milhão de toneladas até seu fechamento em 2013.
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*Com informações da UFSC.
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Danielle Jordan / Ambiente Brasil

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Uso da água divide mineradoras e Estado

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O uso da água escassa do Norte de Minas abriu uma queda de braço entre o Governo do Estado e as mineradoras interessadas em explorar as jazidas de ferro da região de Rio Pardo de Minas, estimadas em 10 bilhões de toneladas - quase metade do potencial do Quadrilátero Ferrífero, que inclui 30 municípios mineiros, entre eles os da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Itabira e Mariana, onde estão importantes minas da Vale.
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As mineradoras querem construir um mineroduto - tubulação para transporte de minério de ferro - até o Porto de Ilhéus, na Bahia, mas o Governo de Minas Gerais é contra, por considerar que a solução consumiria muita água. Para o Governo do Estado, o ideal seria a construção de uma ferrovia. A logística de transporte da produção, seja por mineroduto ou ferrovia, e a exploração do mineral vão demandar investimentos de R$ 2,4 bilhões. A polêmica veio à tona ontem, durante audiência pública sobre o projeto em Rio Pardo de Minas.
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O município de Rio Pardo de Minas fica a 500 quilômetros do Sul da Bahia, onde seria feito o escoamento da produção. A construção do mineroduto custaria US$ 500 mil por quilômetro instalado. No total, seriam gastos US$ 250 milhões. Já com a estrada de ferro, o valor seria o dobro. “As empresas não são contra a ferrovia. Porém, elas só aceitarão esta possibilidade por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP)”, revela o diretor do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), Jamil Habib Cury.
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Segundo Cury, além de Rio Pardo, outras cidades da região, como Grão Mogol e Salinas, também possuem potencial mineral. Cury diz que o minério de ferro encontrado na região tem uma qualidade boa, com um teor de concentração de 42%. No quadrilátero ferrífero, esse teor é de 60%.
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O diretor-presidente da Mineração Minas Bahia (Miba), Alexandre Couri Sadi, disse que a empresa vai investir R$ 1 bilhão na exploração do mineral. Segundo ele, somente nos estudos de prospecção, feitos nos últimos 3 anos, já foram gastos mais de R$ 30 milhões. Ele confirmou que as empresas estão unidas para aceitar a construção da ferrovia somente por meio de uma PPP.
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“É perfeitamente viável explorar o ferro encontrado na região. Precisamos do apoio do Governo para a possibilidade de uma estrada de ferro, que vai ficar muito cara. O que não vamos fazer, em hipótese alguma, é desistir deste projeto”, afirma Sadi.
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A audiência pública em Rio Pardo de Minas reuniu órgãos públicos e representantes de mineradoras como Vale, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Votorantim Metais e Miba. Na pauta de discussões, além da logística, incentivos fiscais. Rio Pardo de Minas possui 28,2 mil habitantes e fica a 681 quilômetros de Belo Horizonte.
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(Fonte: Portal Hoje em Dia

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Bioma é a grande caixa d’água do País

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Por trás da aparência ressecada dos meses de inverno, quando a umidade do ar cai a níveis alarmantes em algumas regiões, o Cerrado esconde uma identidade secreta: o bioma é um gigantesco coletor e distribuidor nacional de água, crucial para o abastecimento das regiões Centro-Sul, Nordeste, do Pantanal e até partes da Amazônia. Um serviço ecológico gratuito que corre o risco de ser racionado por causa do desmatamento.
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Das 12 bacias hidrográficas do País, 8 estão inseridas no Cerrado. A localização central do bioma, combinada com sua elevação topográfica e alta concentração de nascentes, faz com que ele funcione como uma caixa d’água. Cerca de 94% da água que corre na Bacia do Rio São Francisco em direção ao Nordeste brota no Cerrado - apesar de apenas 47% da bacia estar dentro do bioma, segundo cálculos da Embrapa.
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No caso do sistema Araguaia-Tocantins, que corre para o Norte e vai desaguar no Pará, 71% da água da bacia nasce no Cerrado. A proporção é a mesma para o conjunto das Bacias do Paraguai e do Paraná, que drenam grandes áreas do Centro-Sul. "O rio é só o encanamento superficial pelo qual a água corre", diz o pesquisador Felipe Ribeiro, da Embrapa. "Mas onde a água nasce é no Cerrado. As besteiras que a gente fizer aqui em cima vão repercutir rio abaixo."
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E as besteiras já estão em curso. Estudos realizados pelo pesquisador Marcos Costa, da Universidade Federal de Viçosa, mostram que o desmatamento nas cabeceiras do sistema Araguaia-Tocantins aumentou a descarga dos rios em 25%, apesar de não ter havido mudanças nos índices pluviométricos da bacia. Ou seja: a quantidade de água nos rios aumentou, apesar de a chuva ter continuado igual.
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Mais água, nesse caso, é má notícia. O problema é que o solo coberto por pastagens e lavouras absorve menos água do que o solo com vegetação nativa. Consequentemente, mais água escorre para os rios e é levada para fora do Cerrado, diminuindo a quantidade de umidade que fica disponível para os ecossistemas locais e a própria agricultura - além de aumentar o risco de enchentes para as comunidades que vivem rio abaixo.
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Segundo Costa, se o desmatamento continuar, é provável que os níveis de precipitação no bioma também sejam afetados. "Acho que estamos próximos do limite em termos climáticos." ¨"O problema mais sério que vamos ter daqui dez anos é com a irrigação", diz o pesquisador Hilton Silveira Pinto, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp.
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O Pantanal também está de olho no problema. Praticamente todos os rios que deságuam no bioma nascem no Cerrado. "A sobrevivência do Pantanal depende diretamente da conservação do Cerrado", diz o ecólogo Leandro Baumgarten, da ONG The Nature Conservancy.
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(Fonte: Herton Escobar/ Estadão Online)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sem aterros, SP planeja incinerar lixo

O governo de São Paulo está na fase final da elaboração de um plano para a construção de grandes usinas de incineração de lixo para colocar fim à falta de locais para aterros nas regiões metropolitanas e no litoral norte do Estado. Os estudos são feitos pela Emae -empresa estadual para a geração de energia - e começaram em 2004. A Emae negocia as usinas com as prefeituras. A ideia é implantar a primeira usina em dois anos.
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O plano da Emae é utilizar o lixo queimado para a geração de vapor e energia elétrica, subprodutos que podem bancar quase todo custo da operação, diz o diretor de geração da Emae, Antonio Bolognesi. Polêmica, a incineração de resíduos urbanos foi combatida por décadas por ambientalistas devido à emissão de poluentes altamente nocivos à saúde.
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O secretário do Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo, Eduardo Jorge, é um dos críticos da incineração. "Essas usinas de incineração produzem dioxinas e furanos, substâncias que provocam câncer nas pessoas. Eles (os fabricantes das usinas) ainda precisam provar que o filtro que colocam é seguro", afirma. Os resíduos resultantes da queima também são considerados um problema ambiental, mas, segundo a Emae, o processo a ser adotado em São Paulo transforma esses restos em material inerte e próprio para a fabricação de blocos para serem usados na construção civil.
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O assunto é tão recente no Estado que a Secretaria do Meio Ambiente ainda está elaborando uma resolução com parâmetros de emissão de gases, que são necessários para o licenciamento das usinas. "Pensamos o projeto não só como usina de geração de energia, mas o objetivo é colaborar para resolver o problema do lixo no Estado", diz Bolognesi.
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Há hoje um processo se esgotamento dos aterros sanitários licenciados no Estado. No litoral norte, as prefeituras chegam a transportar o lixo or até 120 km para aterros em Santa Isabel (Grande SP) e Tremembé (Vale do Paraíba). Em São Paulo, o aterro Bandeirantes está esgotado e o São João recebe só 10% do lixo-a maior parte dos resíduos vai para aterros em Caieiras e Guarulhos, apesar de lei municipal determinar que o depósito seja feito na própria cidade.
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A Folha conversou com técnicos da Cetesb que defendem a implantação do método de incineração. O investimento, porém, é alto. Para queimar mil toneladas por dia - produção média de 1 milhão de pessoas no Brasil- uma usina custaria cerca de R$ 250 milhões. São Paulo produz cerca de 15 mil toneladas por dia, incluindo entulho de construção civil, lixo industrial e comercial e varrição de ruas. A Emae já orçou uma usina com capacidade para 600 toneladas/dia por R$ 200 milhões.
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Concorrência - As usinas de lixo já têm hoje, de acordo com a Emae, capacidade para concorrer em custos com a energia eólica, considerada a forma mais limpa. André Vilhena, engenheiro químico e diretor-executivo do Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem), disse que a incineração tem baixo impacto poluente. "A tecnologia de incineração já é comprovadamente adequada. É muito usada na Europa e no Japão, por exemplo. Eles não iriam adotar a tecnologia se causasse câncer", afirmou.
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O governo pretende, primeiro, buscar agregar essas usinas aos polos petroquímicos -como os de Mauá, Cubatão e Paulínia-, que têm forte demanda por energia elétrica e vapor. Isso porque essas regiões, além da concentração industrial, têm capacidade para produzir mais de 150 toneladas diárias, volume considerado mínimo para um projeto desse porte ser considerado economicamente viável.
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Bolognesi diz que as conversão estão avançadas com a Prefeitura de São Paulo.Outra empresa do Estado, a Sabesp, que neste ano começou a atuar em serviços de lixo para prefeituras, se interessa pelo projeto, segundo seu diretor de Sistemas Regionais, Humberto Semeghini.
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A principal referência do governo do Estado no projeto de incineração de lixo é a região da Baviera, na Alemanha. Lá, segundo um técnico da Cetesb, 60% do lixo é reciclado e 40%, enviado para incineração, justamente os materiais com maior poder de combustão.
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(Fonte: Folha de S. Paulo)

sábado, 26 de setembro de 2009

Professores se preparam no Rio de Janeiro para estimular a preservação da água

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Nesta quinta-feira (24), 40 professores da região de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, participaram de uma capacitação da Agência Nacional de Águas (ANA), para a gestão sustentável da água.
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A ação, que continua hoje no município, tem como principal objetivo estimular os jovens a preservar os recursos hídricos, além de promover a iniciação dos alunos do ensino fundamental nos procedimentos da pesquisa científica, como a observação, a experimentação e o registro. ¨

Nesta etapa, cerca de 20 escolas serão beneficiadas. Até agora o projeto já capacitou mais de mil professores em cinco estados, segundo dados da ANA. No Rio de Janeiro outras 80 escolas já implementaram o projeto.
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Os professores participam de atividades e dinâmicas, assistem a vídeos e aprendem como instituir o “Caminho das Águas” nas salas de aula. O projeto ainda oferece jogos, vídeos, mapas e CDs, para que os professores utilizem com as crianças.
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O próximo pólo a receber a capacitação, com a participação de 20 escolas, é o de Barra do Piraí, nos dias 28 e 29 deste mês. Barra Mansa recebe o projeto em seguida, beneficiando 30 escolas.
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O programa deve ser concluído em outubro, de acordo com previsão da ANA, com a capacitação de cerca de 1,7mil professores. Mais informações podem ser encontradas no site: http://www.caminhoaguas.org.br/.
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*Com informações da ANA.