segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pesquisador da USP cria célula solar com 80% de eficiência

No Instituto de Química (IQ) da USP, o pesquisador Sérgio Hiroshi Toma construiu aglomerados de moléculas, átomo por átomo, demonstrando uma das principais técnicas da nanotecnologia, que é a chamada fabricação "de baixo para cima", em que as estruturas são fabricadas usando átomos ou moléculas individuais.
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Esses aglomerados, que utilizam o metal rutênio, são chamados de clusters, ou aglomerados, e dão origem a materiais que utilizam a luz para gerar eletricidade com alta eficiência, podendo ainda mudar a cor dos vidros que envolvem.
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Construindo moléculas úteis - Hiroshi Toma é pesquisador do Laboratório de Química Supramolecular do IQ. Segundo o professor Henrique Eisi, orientador da pesquisa e coordenador do laboratório, a nanotecnologia molecular constrói, átomo por átomo, materiais que tenham alguma função útil.
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"Para cada aplicação, construímos as moléculas ideais", explica. "Desenvolvemos uma molécula por vez. Depois, as conectamos e construímos uma 'máquina molecular', que desempenha o papel desejado," diz o pesquisador.
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Célula fotoeletroquímica - Em sua pesquisa, Hiroshi desenvolveu uma célula fotoeletroquímica - um dispositivo que converte luz em eletricidade - com os aglomerados de rutênio. O diferencial em relação às outras células solares é a sua eficiência de 80%: a cada 100 mil fótons (partículas de luz) que incidem sobre a placa, 80 mil elétrons são liberados.
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Para construir a célula, o pesquisador forrou placas de vidro condutor de eletricidade com um filme microscópico de dióxido de titânio e borrifou nele as moléculas criadas no laboratório.
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Todas as vezes que a luz bate nas moléculas, elas liberam elétrons. A corrente elétrica formada serve para manter funcionando pequenos aparelhos eletrônicos domésticos."Essa tecnologia é cara, mas não precisa de muita luz para gerar eletricidade", explica o professor. "Por isso acredito que fará sucesso para mover pequenos aparelhos, como calculadoras, dispensando as pilhas".
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Insulfilme colorido - O pesquisador também desenvolveu um filme para envolver vidros - semelhante ao tradicional insulfilme - que pode mudar de cor reversivelmente ao receber eletricidade. Para que o vidro mude de cor, basta submetê-lo a diferentes tensões. A estrutura projetada no laboratório do IQ mistura cristais de dióxido de titânio com moléculas de rutênio.
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Uma das possíveis aplicações dos filmes, chamado filmes eletrocrômicos, é impedir o calor de escapar dos ambientes por irradiação, funcionando como a parede espelhada de uma garrafa térmica. Outras aplicações são em outdoors e painéis de decoração. Os pesquisadores desenvolveram uma "biblioteca de moléculas", que permite criar vidros que abrangem diversos intervalos de cores.
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Moléculas inorgânicas - "Os melhores dispositivos já desenvolvidos são baseados em moléculas orgânicas, que desgastam rápido", destaca Eisi. "Eles são caros. Assim, há grande interesse comercial na tecnologia que desenvolvemos. Melhorando o sistema será possível fazer uma tela, como as de LCD".
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A invenção não foi patenteada pelo grupo de pesquisadores a tempo e é de domínio público.
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As invenções do pesquisador renderam-lhe o prêmio de melhor tese na área de química, concedido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
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A CAPES é um órgão do Ministério da Educação que avalia e incentiva mestrados e doutorados.
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(Fonte: Site Inovação Tecnológica)

Criado GT para garantir aquecimento solar de água nas casas do PAC

O Ministério do Meio Ambiente instituiu o Grupo de Trabalho que vai definir os critérios de instalação de equipamentos de aquecimento solar de água nas casas do programa Minha Casa Minha Vida, o PAC da habitação, que deverá construir 1 milhão de moradias para populações de baixa renda.
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O menor impacto ambiental e a menor degradação dos recursos naturais, com a redução das emissões de gases de efeito estufa são os benefícios imediatos da substituição de chuveiro elétricos, comumente apontados como vilões também do consumo doméstico de eletricidade, o que acaba contribuindo para a demanda por construção de novas hidrelétricas.
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O aquecimento solar térmico nas casas do programa habitacional foi proposto pelo MMA há seis meses e deverá contemplar inicialmente as regiões sul, sudeste e centro-oeste, de acordo com a demanda.
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Até o final de agosto, o GT pretende ouvir representantes do setor da construção civil, para definir a melhor forma de integrar o sistema às construções das casa populares.
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Além de entregar o equipamento instalado, o programa deverá promover a capacitação das populações beneficiadas para manutenção e limpeza dos aquecedores, além encontrar a melhor solução para a minimização do impacto dos custos do sistema no preço final de cada unidade.
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O GT tem 15 meses, a partir da publicação no Diário Oficial (22) para apresentar plano de trabalho e, após a sua implementação, deverá avaliar os resultados obtidos na execução das medidas planejadas, conforme cronograma a ser aprovado, apresentando relatórios dos resultados e sugestões para novas etapas.
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Terão acento no grupo, além dos ministérios do Meio Ambiente, Cidades, Minas e Energia, a Caixa Econômica Federal, o Inmetro e Centro Brasileiro para o Desenvolvimento da Energia Solar Térmica (Grenn), da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. A Associação Brasileira de Refrigeração (Abrava) e a Agência Alemã de Cooperação Técnica (GTZ) atuarão como convidadas, podendo, ainda, serem convocados outros setores, a exemplo da construção civil.
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(Fonte: MMA)