segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Reter CO2 em floresta rende R$ 226 por hectare, diz estudo

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Um estudo de cientistas da Universidade de Utrecht (Holanda) estima que a retenção de gases do efeito estufa por meio da preservação da Amazônia vale entre R$ 113 e R$ 226 por hectare de floresta ao ano.
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O cálculo está em um estudo divulgado na segunda-feira (10), que avalia diversos outros "serviços ecológicos" prestados pela região.
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Prevenir a erosão naquelas terras, por exemplo, poupa à economia R$ 537 por hectare ao ano.
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As contas, feitas a pedido da ONG WWF, mostram que a destruição da Amazônia pode ser contida se for dado um estímulo financeiro à manutenção desses serviços ecológicos.
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O relatório aborda, ainda, práticas que aceleram a destruição da floresta, como a produção não-sustentável de carne e de soja. E corresponsabiliza países que importam esses produtos.
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No caso da carne, os principais importadores são Rússia, Reino Unido e Egito.
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A China é o maior importador de soja e a Holanda, o segundo."O estudo também tem o objetivo de refletir sobre o papel dos consumidores e de bancos que financiam atividades predatórias", afirma Mauro Armelin, do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do WWF-Brasil.
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(Fonte: Folha Online)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Importando Micro-bios

O lixo que produzimos em nosso território já pode ser considerado uma questão de calamidade pública. Porque você acha que nas grandes metrópoles qualquer chuva já provoca inundações? Uma das causas é o lixo que entope os esgotos.
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Já temos mais de 70% do nosso lixo depositado a céu aberto. Sem contar que licenciar aterros sanitários da forma como nossa legislação permite é considerado na Europa, Japão ou Austrália crime ambiental grave. Ainda precisamos importar lixo dos outros países?
Será que tem lugar pra mais lixo no Brasil?
Vejam o que apurou Bruno Romani da Folha sobre a importação, pasmem, de lixo eletrônico:
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Em 2006, o Brasil foi parte do lixão high-tech da Califórnia. De acordo com dados obtidos pela Folha no DTSC (sigla em inglês para Departamento de Controle de Substâncias Tóxicas da Califórnia), 1.190 toneladas de lixo eletrônico foram enviadas do Estado norte-americano ao Brasil naquele ano.
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Os dados indicam que o Brasil pode ter ignorado a Convenção da Basileia, um tratado internacional do qual o país faz parte e que tenta combater o trânsito internacional de resíduos perigosos dos países desenvolvidos para nações em desenvolvimento.
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O lixo eletrônico - televisores, computadores, celulares e outros aparelhos eletrônicos descartados para o uso - é considerado perigoso, pois possui em sua composição substâncias tóxicas como mercúrio e chumbo.
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Televisores e monitores de computador, por exemplo, possuem de 20% a 25% de chumbo em sua composição.
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Brasil - O DTSC não especifica que tipo de aparelho eletrônico foi enviado ao país.
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Em 2007, o ano mais recente para o qual o DTSC possui dados, não há registros de envio de lixo eletrônico ao Brasil.
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O Ministério do Meio Ambiente, ouvido pela Folha, diz não ter informações a respeito.
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Os dados do DTSC ainda mostram que a Califórnia exportou mais de 9.000 toneladas de lixo eletrônico para todo o mundo em 2006.

China, Malásia e Índia são alguns dos países que aparecem na lista.
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Essa quantidade, porém, pode ser ainda maior. Os números apresentados pelo DTSC são fornecidos por aqueles que "cumprem as regras" do departamento governamental para exportação.
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O trânsito internacional ilegal de lixo eletrônico é apontado por ambientalistas como um grave e crescente problema global. A China, por exemplo, é um dos países mais afetados por remessas ilegais de aparelhos descartados.
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Ambientalistas também estimam que entre 50% a 80% do lixo eletrônico nos EUA é exportado e apenas cerca de 10% é reciclado da maneira correta.
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Em 2003, a Califórnia efetivou legislação que proíbe o despejo de aparelhos eletrônicos sem uso em seus lixões. De acordo com um membro do DTSC, porém, o Estado e o país não possuem capacidade para reciclar todo esse lixo.
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Funcionário de uma empresa que coleta esse lixo em Berkeley, região de San Francisco, disse à reportagem que muitas empresas acabam exportando os aparelhos em vez de reciclá-los no país por se tratar de um negócio mais lucrativo. "Com o mercado de metais desvalorizado, elas (as empresas) não veem vantagem em reciclar," disse ele.
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Legislação internacional - Dentre os mais de 170 países que participam da Convenção da Basileia, apenas Afeganistão, Haiti e EUA não a ratificaram. O tratado estabelece severas regras para o trânsito de substâncias perigosas entre países participantes e não participantes do tratado.
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Essas regras podem ser dribladas por meio de outros acordos internacionais ou da não-ratificação de partes ou emendas ao texto da Convenção.
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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de 30 países que produzem mais da metade da riqueza mundial e que inclui os EUA, possui regras próprias sobre o assunto.
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(Fonte: Bruno Romani/ Folha Online)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Águas subterrâneas passarão a ser classificadas para uso adequado

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determinou, segundo resolução publicada na sexta-feira (6) no Diário Oficial da União, que as águas subterrâneas passarão a ser classificadas de acordo com as características hidrogeoquímicas naturais e com os níveis de poluição.
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A categorização vai indicar a forma adequada de uso para cada aqüífero.
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Esse tipo de classificação já é adotado para as águas de superfície, e tem por objetivo prevenir e controlar a poluição, além de promover a proteção da qualidade das águas subterrâneas.
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Segundo o site do Ministério do Meio Ambiente, a descontaminação de lençóis subterrâneos é um processo complicado, lento e oneroso, e, para ara garantir a qualidade da água dentro de sua classificação, os órgãos ambientais devem promover a implementação de Áreas de Proteção de Aqüíferos e Perímetros de Proteção de Poços de Abastecimento.
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medida prevê também a criação de Áreas de Restrição e Controle do Uso da Água Subterrânea. Elas serão implementadas em caráter excepcional e temporário quando a captação da água representar risco para a saúde humana, para ecossistemas ou para os próprios aqüíferos.
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(Fonte: Pedro Peduzzi/ Agência Brasil)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Polícia descobre lixão irregular dentro de parque em MG

A Polícia Militar de Meio Ambiente descobriu, nesta quarta-feira (4), um lixão irregular dentro do Parque do Rola Moça.
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A área seria usada pela Prefeitura de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG).
A polícia chegou ao terreno durante uma fiscalização de rotina. Uma placa indica que no local era depositado lixo hospitalar, junto com o lixo comum e pneus.
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Segundo a PM de Meio Ambiente, a área é irregular porque fica em uma região controlada que ajuda a evitar impactos no parque. Ainda segundo a polícia, a prefeitura não fez um estudo de viabilidade nem tem licença para que o lixão funcione no local.
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Há suspeita de que o depósito de lixo possa contaminar mananciais que ficam próximos ao terreno e abastecem, principalmente, a zona rural de Ibirité.
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Foram recolhidas amostras de água para verificar se já houve contaminação. A polícia aguarda o resultado da análise para fechar o lixão e multar a prefeitura. O valor pode chegar a R$ 100 mil.
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O secretário de Meio Ambiente de Ibirité, André Gustavo Diniz Matos, disse que vai recorrer à Justiça, caso o local seja fechado.
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(Fonte: G1)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Japão se recusa a diminuir ou encerrar caça científica de baleias

Numa viagem a Ilha Grande conversava com um pescador nos intervalos de mergulho de apnéia que fazia no entorno da Ilha. Começamos a falar sobre tubarões, arraias e baleias. E ele me contou da primeira e unica vez que viu uma baleia de perto. Era uma Orca que veio passear ao lado de seu pequeno barco de pesca.
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Ele narra:
- Era maior que meu barco, senti um arrepio de medo e surpresa na hora, igual o que to sentindo agora. A danada nadou por alguns minutos do lado da gente, soltando espirros d'água pelas ventas. Ai afundou e sumiu. Nunca mais vi uma Orca de novo. Não tem como esquecer dessa ocasião. O bicho é bonito demais e grande viu! Até hoje me arrepio só de lembrar.
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O Japão afirmou nesta terça-feira (3) que não aceitará nenhuma proposta que possa levar ao fim do seu programa de pesquisa letal com baleias.
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O presidente da Comissão Internacional da Baleia (CIB), William Hogarth, propôs que o país diminua ou encerre sua caça ao mamífero no oceano Antártico nos próximos cinco anos.
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Em troca, algumas cidades japonesas com tradição baleeira poderiam capturar um número limitado de baleias minke em águas costeiras, de acordo com o site da CIB. A proposta seria a base do encontro anual da comissão, que acontecerá em junho, em Portugal.
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O ministro de Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Shigeru Ishiba, afirmou que Tóquio "não poderá aceitar qualquer proposta que proíba o Japão de continuar com sua caça de baleias para fins de pesquisa".
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O país captura 800 animais por ano em águas da Antártida e do Pacífico Norte. Críticos da prática afirmam que se trata de caça comercial disfarçada sob pretensões científicas, já que a carne obtida acaba parando na mesa dos japoneses.
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(Fonte: G1)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Derretendo os miolos

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O inferno é lá_na Austrália
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Relato da minha amiga Pollyana, blog uluru que mora em Melborne, Austrália:

"Há 4 dias direto o calor aqui está infernal. Hoje acordei 5:30 da manhã, o termômetro já marcava 30 graus
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Ligo a TV e o noticiário me diz que a previsão é de mais um dia de 43 graus, 8% de umidade do ar, aff...Meu nariz sangra há 3 dias...Não tenho apetite...A energia acaba e daí sem ventilador, sem ar condicionado, gente....não dá pra acreditar nisso!!
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Fui pro cinema pra ficar num lugar fresco (assisti o filme "austrália"). Na volta pra casa os sinais de trânsito não funcionavam por causa do blackout, o trânsito estava uma loucura, a sinalização era usando os faróis do carro, as mãos e o bom senso, que meda!! chego em casa e tava aquele forno, não consegui ficar, voltei pro meu carro, ar condicionado no talo e saí dirigindo sem destino...fiquei zanzando por 2h, mas no frescão:) Que dia bizarro!! que semana do cão!!cruzesssssssssssssss!!!!!!!!!!!!!"


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Calor de 43 graus na Austrália causa incêndios e mortes
Incêndios destruíram mais de 20 casas enquanto centenas de milhares de outras ficaram sem energia por causa de uma onda de calor recorde que já provocou mortes na parte sul da Austrália.
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Ao menos seis pessoas morreram de estresse térmico em Melbourne, a segunda maior cidade australiana, três dias antes de a temperatura ter diminuído para 31 graus Celsius no sábado (31), informou o vice-comissário da Polícia do Estado de Victoria, Kieran Walshe.
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Na sexta-feira (30), Melbourne registrou o terceiro dia seguido de temperatura acima dos 43 graus Celsius, pela primeira vez desde que os registros começaram, em 1855.
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Autoridades estatais da Austrália do Sul disseram no sábado que o calor provavelmente causou algumas das recentes 22 mortes súbitas na região.
Ainda não está claro quantas exatamente foram provocadas pelo calor, disse o ministro da Saúde estatal, John Hill.
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O uso pesado de ar condicionado provocou um colapso na rede elétrica de Melbourne na sexta-feira à noite, deixando 500 mil casas e empresas sem luz e interrompendo a linha de trem elétrico da cidade.
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"Esses eventos são sem precedentes", disse a ministra de Recursos e Energia do Estado de Victoria, Peter Batchelor, neste sábado. "Em alguns aspectos, não são diferentes de um desastre natural que impacta uma comunidade, como uma enchente ou tornado."
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Tanto Melbourne, capital de Victoria, quanto a capital da Austrália do Sul, Adelaide, tiveram blecautes localizados nos últimos dias, uma vez que os fornecedores de energia compartilham eletricidade para lidar com a demanda sem precedentes.
Serviços de ambulância nas duas cidades relataram aumento nas chamadas de emergência devido ao calor.
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Em Victoria, ao menos 23 casas foram destruídas na sexta-feira à noite e no sábado por incêndios que queimavam 6.300 hectares de florestas e terras agrícolas, disse o porta-voz do Corpo de Bombeiros do país, Paul Swan.
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Cerca de 400 bombeiros e 12 aviões com jatos de água continuavam combatendo as chamas, acrescentou.
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(Fonte: Estadão Online)

Relatório de Davos alerta para risco de falta d'água

O mundo corre o grave risco de sofrer com a falta de água doce, em conseqüência do aumento constante da demanda, que chega a crescer em um ritmo mais rápido do que a população mundial, alertou na sexta-feira (30) um relatório publicado no Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça).
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"Em menos de 20 anos, a falta d'água poderá fazer com que Índia e Estados Unidos percam a totalidade de suas colheitas", afirmam os autores do estudo, destacando que, paralelamente, a demanda por alimentos explodirá.
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Segundo o relatório, muitos lugares do mundo estão a ponto de esgotar suas reservas de água, sobretudo em conseqüência de uma política especulativa por parte dos governos ao longo dos últimos 50 anos.
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"No futuro, o mundo não poderá simplesmente administrar a questão da água como tem feito no presente", estima o texto.
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Cerca de 40% dos recursos aqüíferos dos Estados Unidos são destinados à produção energética, enquanto apenas 3% vão para o consumo doméstico.
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As necessidades de água para produzir energia devem aumentar 165% nos Estados Unidos e 130% na União Européia, de acordo com o estudo.
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Além disso, o relatório calcula que, no atual ritmo de derretimento, a maioria das geleiras do Himalaia e do Tibet terão desaparecido até 2100, e que 70 grandes rios do mundo secarão devido aos sistemas de irrigação.
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(Fonte: Yahoo!)

10 anos da Política Estadual de Recursos Hídricos

A Lei 13.199/1999, que instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos, completou no último dia 29 de janeiro dez anos de existência. Para celebrar a data, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) promoverá o ‘Ciclo de Debates - 10 anos da Política Estadual de Recursos Hídricos’.
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O primeiro encontro acontecerá em Belo Horizonte, no dia 29, às 16h, na sede do Instituto (rua Espírito Santo, 495, 4º andar, Centro), com a presença do diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, e a diretora-geral do Igam, Cleide Izabel Pedrosa de Melo. Os debates também acontecerão nos municípios de Uberlândia (03/02), Paracatu (05/02), São Francisco (10/02), Três Corações (10/02), Juiz de Fora (12/02), Viçosa (13/02), Carbonita (17/02) e Teófilo Otoni (17/02).
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Em todas as regiões de Minas, o evento reunirá representantes de diferentes segmentos da sociedade que irão avaliar a implementação da legislação de recursos hídricos ao longo desse período.
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As contribuições serão consolidadas em um documento que será apresentado e discutido na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, durante as comemorações do 8ª Fórum das Águas, previsto para acontecer entre os dias 23 e 27 de março, em Belo Horizonte. “Esse debate permitirá uma análise mais profunda sobre a lei das águas, sua aplicação, avanços e limitações, dando subsídios para que a gestão dos recursos hídricos no Estado avance para patamares significativos e que novas estratégias possam ser propostas neste sentido”, destaca a diretora-geral do Igam, Cleide Pedrosa.
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A lei das águas de Minas, criada em 1999, foi regulamentada pelo Decreto nº 41.578, de 08 de março de 2001 e, segundo Cleide Pedrosa, tornou-se prioridade do atual governo. “A implementação da lei e dos instrumentos de gestão das águas no Estado foi impulsionada com a criação do Projeto Estruturador do governo ‘Consolidação da Gestão de Recursos Hídricos em Bacias Hidrográficas’, que disponibiliza recursos e estabelece metas específicas”, ressalta.
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Dentre as ações do projeto estruturador, destacam-se o fortalecimento dos comitês de bacia hidrográfica, a elaboração de planos diretores de recursos hídricos, enquadramento dos corpos de água, cadastros de usuários de água, implantação de agências de bacia, ampliação do monitoramento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, monitoramento da quantidade das águas e a estruturação do sistema estadual de informações de recursos hídricos.
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Outra ação destaque foi a criação do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro).
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Criado em 1999, o Fundo foi regulamentado em 2006, e tem por objetivo dar suporte financeiro a projetos e programas que promovam a racionalização do uso da água e a melhoria dos cursos d’água. “O Fhidro já beneficiou 42 projetos de recuperação de recursos hídricos em Minas Gerais e só este ano disponibilizará recursos da ordem de R$ 75,6 milhões”, destaca Cleide Pedrosa. Cleide Pedrosa destaca, ainda, como atuais desafios a implementação da cobrança pelo uso da água, a regionalização do Igam com a criação de núcleos do Instituto em diferentes regiões de Minas, a integração mais efetiva da gestão das águas com o licenciamento ambiental, o reconhecimento da importância dos comitês de bacia hidrográfica e a participação efetiva e representativa da sociedade civil, usuários de água e poder público nos comitês.
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