terça-feira, 31 de março de 2009

Motorola apresenta primeiro celular feito de garrafas plásticas

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A Motorola acaba de lançar um novo aparelho de celular que promete ser um marco na telefonia móvel do Brasil. Ecologicamente responsável, o MOTOTM W233 Eco é o primeiro celular do mundo feito com plástico reciclado de garrafas.
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O W233 Eco possui um kit 100% reciclável, com embalagem e manual produzidos a partir de papel reciclado. O aparelho tem 25% da sua estrutura externa feita a partir de garrafas plásticas, além de oferecer uma bateria com maior vida útil, com até nove horas de conversação, garantindo economia de tempo e energia.
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É também o primeiro telefone do mundo que traz o certificado CarbonFree.Por meio de uma parceria com a Carbonfund.org™, a Motorola compensará todo carbono emitido na fabricação, distribuição e uso do celular com investimentos em projetos de preservação, reflorestamento e energia renovável. No Brasil, os recursos serão destinados para um programa de tratamento de água, localizado em Vargem Bonita (SC).
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Este processo prevê a coleta do gás metano durante o tratamento de efluentes, evitando que o mesmo seja emitido para o meio ambiente e, desta forma, diminuindo o impacto do aquecimento global.
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- Estamos orgulhosos em poder oferecer aos nossos clientes a oportunidade de estar integrado com o meio-ambiente, por meio de um aparelho voltado totalmente para a consciência ecológica, desde a utilização de plástico reciclado no seu design até a embalagem.
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Além disso, vale reforçar a parceria com a Carbonfund.org, a qual ajudará o mundo a respirar melhor com a compensação de dióxido de carbono - destaca Sérgio Buniac, vice-presidente de Produtos Móveis da Motorola Brasil.
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(Fonte: JB Online)

Brasil é referência mundial em gestão de recursos hídricos, diz presidente da ANA

O presidente da Agência Nacional da Águas (ANA), José Machado, disse nesta quinta-feira (26) que o país é referência mundial em gestão de recursos hídricos.
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“Temos uma legislação e um modelo de gestão extremamente modernos e adequados às dimensões continentais de nosso país e o relatório é mais um exemplo”, afirmou Machado, após o lançamento da primeira edição do Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil - 2009.
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Entretanto, o Brasil começou tarde, de acordo com o presidente. A Lei Nacional das Águas, que estabeleceu diretrizes e instrumentos para a gestão das águas brasileiras, por exemplo, foi criada apenas em 1997.
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“Temos somente 12 anos de exercício. Um tempo curto para um enorme passivo com rios degradados, onde precisamos fazer a conservação da água para o abastecimento humano e o usufruto do desenvolvimento econômico”, destacou.
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Machado disse que o relatório qualificará a gestão dos recursos hídricos no país. O documento, que será produzido anualmente, sempre com informações do ano anterior, apresentará um diagnóstico da área com dados, estatísticas, avanços, retrocessos e recursos investidos.
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“Será um alerta, pois mostrará se houve progressão, se há pouca disponibilidade de água, se a qualidade da água está piorando ou melhorando. É importante que a sociedade acompanhe”, disse.
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Ao participar do lançamento do relatório, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ressaltou a importância do documento para monitorar a situação da água no país, possibilitar melhorias e contribuir para a preservação do ambiente.
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“O Brasil trata mal as suas águas, elas estão poluídas, o saneamento está muito atrasado. Outros países conseguiram recuperar suas águas. Rios, como o Tâmisa (na Inglaterra) que, há 20 anos atrás, era um poço químico, hoje são limpos, mas isto exige dinheiro, planejamento e educação ambiental”, ressaltou Minc.
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De acordo com o levantamento, a situação da qualidade da água no Brasil varia conforme a região. Na Região Amazônica, ela é considerada excelente, pois mesmo que haja alguma poluição pontual acaba sendo diluída no grande volume de água.
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As regiões mais industrializadas e urbanizadas são as mais afetadas.O Índice de Qualidade da Água (IQA), apurado em 2006, mostrou uma condição ótima em 9% dos pontos avaliados no Brasil, boa em 70%, razoável em 14%, ruim em 5% e péssima em 2%.
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Com relação às cargas orgânicas, derivadas de lixo, as áreas mais críticas estão nas bacias do Nordeste, dos rios Tietê e Piracicaba (São Paulo), dos rios das Velhas e Verde Grande (Minas Gerais), do Rio Iguaçu (Paraná), do Rio Meia Ponte (Goiás), do Rio dos Sinos (Rio Grande do Sul) e do Rio Anhandauí (Mato Grosso do Sul).
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A publicação está disponível no site da Agência Nacional das Águas (http://www.ana.gov.br/).
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(Fonte: Lisiane Wandscheer/ Agência Brasil)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Crise pode retardar avanço da água potável, diz Banco Mundial

A crise financeira global pode retardar em pelo menos uma década o desenvolvimento do abastecimento de água no mundo, porque faltarão investimentos e cada vez mais gente se verá sem condições de pagar as contas de água, alertou o Banco Mundial na terça-feira (17).
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Com a redução das verbas, pode ser retomado um círculo vicioso de serviços ruins, alta inadimplência e poucos investimentos, disse Jamal Saghir, diretor de Energia, Água e Transporte do Banco Mundial.
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Falando no Fórum Mundial da Água, em Istambul, ele disse que as empresas de abastecimento hídrico do mundo todo têm de melhorar sua eficiência de modo a convencer os governos que vale a pena investir nesse serviço.
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Enquanto isso, novos empreendimentos devem ser cancelados, e os projetos atuais de infra-estrutura hídrica podem sofrer pressões de custos, disse ele.
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Mais de 20 mil ambientalistas, cientistas e especialistas em água e ajuda humanitária estão no fórum discutindo questões relativas a água, mudança climática e desenvolvimento com ministros de cerca de 120 países.
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A conferência foi criticada por alguns grupos de ativistas por não salientar suficientemente o fato de que a água potável é um direito humano básico.
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Uma das chamadas Metas de Desenvolvimento do Milênio, instituídas pela ONU no começo da década, é reduzir pela metade até 2015 a proporção de pessoas sem acesso à água potável.
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Atualmente, há cerca de 1 bilhão de pessoas sem acesso à água, e 2,6 bilhões sem saneamento básico.
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Angel Gurria, secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), disse à conferência que os governos devem rever o financiamento dado aos serviços hídricos - normalmente um misto de tarifas dos usuários, arrecadação fiscal e, em alguns países, subsídios.
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Ele afirmou que, caso a crise dificulte a obtenção de crédito, os países devem buscar formas de adotar gradualmente sistemas mais baseados nas tarifas, que também protegeriam os menos capazes de pagar.
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Em um relatório divulgado na conferência, a OCDE disse que a crise financeira representa uma oportunidade de tornar a infraestrutura hídrica mais eficiente, o que naturalmente atrairia mais investimentos.
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(Fonte: Estadão Online)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Fórum Mundial da Água busca respostas para escassez

O V Fórum Mundial da Água, aberto nesta segunda-feira (16), pretende apresentar respostas para escassez do recurso provocada pelo crescimento da população, o esbanjamento, o consumo extravagante e o aumento da necessidade de energia.
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O encontro, de uma semana, acontece a cada três anos e nesta ocasião reúne um número de participantes nunca visto, 28.000 pessoas de mais de 180 países, segundo os organizadores.
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O fórum analisará os problemas da escassez de água, o risco de conflito por enfrentamentos entre países por rios e lagos e a melhor maneira de proporcionar água limpa a milhões de pessoas."Nosso comportamento é cada vez mais irrefletido e inconsecuente", denunciou na abertura o francês Loïc Fauchon, presidente do Conselho Mundial da Água, que convoca o encontro.
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"Aumentar indefinidamente a oferta de água é caro, muito mais caro hoje, em um contexto de evolução do clima e crise financeira. Aumentar a oferta coloca em perigo o meio natural", explicou.
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"Somos responsáveis pelas agressões cometidas contra a água, responsáveis pela evolução do clima, que vem se somar às mudanças globais, responsáveis das tensões que reduzem a disponibilidade das massas de água doce, indispensáveis para a sobrevivência da humanidade", completou.
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A previsão é de que a população mundial, atualmente superior a 6,5 bilhões de pessoas, pode chegar a nove bilhões até meados do século, o que aumentará consideravelmente a demanda de recursos hídricos, a 64 bilhões de metros cúbicos por ano, segundo a ONU.
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Segundo a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE), o número de pessoas com graves problemas para conseguir água chegará a 3,9 bilhões em 2030, ou seja, metade da população do mundo. A maioria vive na China e sul da Ásia.
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As contas da OCDE não incluem o impacto da mudança climática, que pode já estar afetando as coordenadas da água, mudando o lugar e o momento das chuvas e nevascas, segundo especialistas.
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Quase 2,5 bilhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico, o que contraria as Metas de Desenvolvimento do Milênio da ONU.
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Os cientistas acreditam que as causas da crise são a irrigação excessiva, as falhas no fornecimento urbano, a contaminação dos rios e a extração desefreada de qualquer fonte.
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O Fórum da Água, que terminará no próximo domingo, começa com uma reunião com um pequeno número de chefes de Estado e de Governo convidados pela Turquia.
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Também acontece uma reunião ministerial para elaborar projetos de melhor gestão da água e para a resolução de conflitos motivados pelos recursos hídricos.
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Além da dimensão política, a conferência também tem a participação de empresas que atuam na bilionária indústria da água."Temos que nos organizar para usar a água de modo sustentável. Precisamos de sistemas para administrar a água", afirmou Mark Smith, do grupo ecológico União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
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(Fonte: Yahoo!)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Sol para água limpa

Cientistas irlandeses estão utilizando a nanotecnologia para aprimorar um método de baixo custo para a desinfecção da água por meio da luz solar.
O objetivo é minimizar os impactos das mudanças climáticas sobre a saúde humana.
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,8 milhão de pessoas – a maior parte crianças com menos de 5 anos – morrem anualmente em decorrência do consumo de água contaminada. Esse quadro deverá se agravar ainda mais com o aquecimento global, de acordo com os relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
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Estudos coordenados por Patrick Dunlop, professor da Escola de Engenharia da Universidade de Ulster, na Irlanda do Norte, têm o objetivo de desenvolver fotocatalisadores nanoestruturados para aplicação em um equipamento de baixo custo que utilize a energia solar para purificar a água em regiões carentes.
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A pesquisa – que faz parte do projeto Sodis (acrônimo para “desinfecção solar”, em inglês) financiado pela União Européia – foi apresentada por Dunlop durante o Workshop on Physics and Chemistry of Climate Change and Entrepreneurship (“Workshop sobre empreendedorismo e física e química das mudanças climáticas”), na sexta-feira (27/2), na sede da FAPESP.
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O evento, que faz parte da programação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, integrou as atividades da Parceria Brasil-Reino Unido em Ciência e Inovação.“A idéia é aprimorar as estratégias de desinfecção solar, desenvolvendo uma tecnologia social com base no aumento do volume de água tratada pelo Sodis, ampliando a eficácia e a velocidade do processo com uso de fotocatalisadores nanoestruturados”, disse.
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O método, segundo Dunlop, é caracterizado por uma grande simplicidade: consiste em depositar água em garrafas PET, que são colocadas sob o sol por um período de cerca de 6 horas, normalmente sobre os telhados das casas, antes do consumo.
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Estudos anteriores mostraram, por exemplo, que crianças com menos de 6 anos que utilizaram água submetida à desinfecção solar tiveram sete vezes menos probabilidade de contrair cólera.“O Sodis proporciona uma ação efetiva contra uma ampla gama de patógenos, com um processo muito simples e custo praticamente nulo. Por outro lado, alguns patógenos ainda são resistentes e há problemas para garantir a qualidade e as condições da garrafa”, disse.
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Segundo ele, o projeto é realizado em diversos países da África, Sudeste Asiático e América Central, além de Peru, Equador, Bolívia e Brasil, onde foi implantado na comunidade de Prainha do Canto Verde, na região de Fortaleza (CE).
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Recurso cada vez mais escasso - De acordo com Dunlop, o projeto é uma tentativa de contribuir para alcançar as Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas, que incluem a redução pela metade, até 2015, do número de pessoas sem acesso à água potável no mundo. “Atualmente há mais de 1,1 bilhão nessa condição. A cada ano ocorrem 4 bilhões de casos de diarréia, sendo 88% decorrentes de uso de água contaminada”, disse.
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Dunlop afirma que, de acordo com o IPCC, a situação de falta de acesso à água tende a piorar. “As mudanças climáticas acarretarão aumento da intensidade de precipitações e também períodos mais longos de seca. Isso exacerbará a poluição da água, com impactos nos ecossistemas e na saúde, além do aumento dos custos operacionais dos sistemas hídricos”, apontou.
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O pesquisador citou o IPCC ao lembrar que o acesso à água deverá cair mais de 20% até 2050 em amplas regiões dos Estados Unidos, em quase toda a Europa, em toda a parte norte da América do Sul, incluindo o Norte e Nordeste do Brasil, em parte do Oriente Médio e em mais de 20 países africanos. “Mas, nas regiões mais pobres, a falta de acesso à água será mais grave.
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A contaminação da água deverá aumentar em cidades com favelas e esgotos a céu aberto”, disse.O grupo coordenado por Dunlop desenvolveu protótipos de equipamentos que utilizam fotocatalisadores para acelerar a desinfecção da água. “O princípio é o mesmo, mas vamos substituir as garrafas PET por um reator de fluxo contínuo que está sendo desenvolvido na Espanha. Depois de uma análise de custo, esses aparelhos, em formato portátil, serão testados em comunidades africanas em 2009”, disse.
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Segundo ele, os fotocatalisadores são fabricados com nanoporos auto-alinhados de dióxido de titânio, que têm tamanho controlável e diâmetro regular. “Estamos também desenvolvendo biossensores que indicarão quando a água estará pronta para o consumo seguro. O uso da nanotecnologia poderá aumentar a eficiência e a segurança do processo”, afirmou.
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O professor da Universidade de Ulster conta que os equipamentos, que deverão custar o equivalente a cerca de 40 libras esterlinas, serão capazes de realizar a desinfecção de 2,5 mil litros de água por dia. E poderão também gerar atividade econômica nas comunidades carentes.“O ponto principal é que se trata de uma tecnologia social. Portanto, essas comunidades serão envolvidas no próprio ciclo de produção do equipamento. Essa geração de uma atividade econômica é a principal vantagem em relação à alternativa de simplesmente fornecer bactericidas, mantendo a população dependente da ação de ONGs e governos”, disse.
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(Fonte: Fábio de Castro/ Agência Fapesp)

Aterro Sanitário: um atrazo de 100 anos

É incabível que o Ministério do Meio Ambiente considere a construção de Aterros Sanitários uma solução para redução dos impactos ambientais. Participei por dois anos de uma campanha contra os aterros sanitários na cidade de Mogi das Cruzes, SP, onde se pretendia instalar um desses aterros regionais.
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Encabeçada por entidades de classe como CIESP, OAB, Universidades locais, ONGs e associações de classe esse movimento promoveu debates públicos em torno da gestão de resíduos sólidos. Com 27.000 assinaturas e uma campanha intensa conseguimos impedir a instalação desse aterro regional com objetivos escusos e valor contratual de cinco bilhões de reais.
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O terreno onde queriam enterrar o lixo tem 2,5 milhões de m2, espaço suficiente para receber o todo o lixo da região metropolitana da capital paulista. No entorno dessa área residem agricultores assentados pelo INCRA que produzem alimentos pra cidade alem de ser uma área destinada à instalação de indústrias limpas (ZUPI-1). Com o aterro instalado essa região sofreria uma desvalorização imobiliária instantânea.
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Com uma área total de 12,5 milhões de m2, onde vivem mais de 20 espécies diferentes de anfíbios, dezenas de espécies de pássaros, o macaco da cara marrom (em extinção), oito nascentes e um rio seriam condenados por mais de 100 anos. Muitas indústrias fechariam suas portas (existem 40 instaladas hoje) e outras tantas não se instalariam segundo pesquisas do CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, Alto Tiête Cabeceiras e AGESTAB – Associação das Indústrias do Taboão. Com a desvalorização da região seria fácil a ampliação deste lixão para atender os milhares de ton./dia de lixo que iriam para Mogi das Cruzes.
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Aterros sanitários apenas enterram o lixo quando ele poderia ser totalmente reciclado ou transformado em energia. Existem projetos de usinas verdes que transformam todo o lixo não reciclável em energia elétrica. Porque então insistirmos em aterros sanitários quando são considerados sistemas obsoletos em países como a Alemanha e Japão.
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Kennedy Rafael
Designer de Multimidia.
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Governo estuda ampliar crédito para tratamento do lixo
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Os ministérios do Meio Ambiente e das Cidades, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) estão estudando a abertura de novas linhas de crédito para a gestão de resíduos sólidos pelos consórcios intermunicipais.
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O anúncio foi feito na última sexta-feira (27) pelo secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Vicente Andreu, do Ministério do Meio Ambiente, durante reunião com seis prefeitos da região metropolitana de Campinas (SP). Vicente Andreu propôs a implantação pelos municípios do Plano de Gestão Integrada de Manejo de Resíduos Sólidos. "Com o plano, podemos definir melhor as soluções a serem utilizadas", destacou.
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Os seis municípios, Nova Odessa, Americana, Santa Bárbara d'Oeste, Sumaré, Hortolândia e Monte Mor, são integrantes do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas. Vicente Andreu informou que o MMA já está investindo entre R$ 350 mil e R$ 400 mil na realização de arranjos regionais para indicar soluções para o meio ambiente, como o consórcio regional do lixo.
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Ele ressaltou que a construção de aterros sanitários controlados ainda é a melhor solução para a redução dos impactos ambientais na realidade brasileira. Além disso, a gestão em parceria diminui consideravelmente os custos, que são rateados entre os participantes do consórcio, cabendo ao governo entrar com parte dos recursos pela suas linhas de crédito.
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Uma das estratégias que tem merecido especial atenção do governo federal na gestão dos resíduos sólidos é o incentivo às cooperativas de catadores e recicladores. Eles são fundamentais no processo de diminuição da quantidade de resíduos sólidos efetivamente destinados a aterros ou usinas.
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(Fonte: Suelene Gusmão/MMA)

Voluntários salvam 54 baleias encalhadas na Austrália

Voluntários conseguiram salvar 54 das 200 baleias piloto que encalharam na Tasmânia, no sul da Austrália, no último domingo (1º), revelou na manhã desta terça-feira o porta-voz do Serviço de Parques e Vida Selvagem da região, Chris Arthur.
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Pelo menos 100 voluntários e guardas conseguiram desencalhar 54 baleias piloto - com entre 5 e 7 metros e até 4 toneladas-- e cinco golfinhos, destacou Arthur.
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Apesar do esforço, ao menos 140 baleias encalhadas morreram no mesmo local.
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"Todas as baleias que estavam vivas puderam ser salvas. Esta operação de socorro só foi possível com a mobilização de toda a comunidade", explicou Arthur.
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Os animais encalharam no domingo nas praias da Ilha King, no estreito de Bass, entre Austrália e Tasmânia.
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Pelo menos 80% dos casos de baleias encalhadas nas costas australianas ocorrem na Tasmânia, em um fenômeno que os cientistas ainda não conseguem explicar. (Fonte: Folha Online)

Brasil adere a acordo da FAO para pesca responsável em alto-mar

O Brasil foi o 38º país a aderir ao acordo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para o cumprimento de medidas internacionais de conservação e gestão dos recursos pesqueiros em alto-mar por navios de pesca.
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A cerimônia de adesão aconteceu na segunda-feira (2), em Roma, na Itália, e o país foi representado pelo ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca do Brasil, Altemir Gregolin.
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Em seu discurso, o ministro disse que a adesão brasileira representa o compromisso do governo com a sustentabilidade da pesca em alto-mar, usando a lei e o controle dos navios pesqueiros que levam a bandeira do país.
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O diretor-geral adjunto de Pesca da FAO, Ishiro Nomura, felicitou a participação brasileira no acordo e disse que espera a mesma postura de outros países.“Com a adesão de cada novo país ao acordo nos aproximamos da meta de garantir que cada barco que pesque em alto-mar realize a atividade de forma responsável, assegurando uso sustentável dos recursos pesqueiros marinhos”, afirmou durante discurso reproduzido em nota da organização.
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A entrada do país no acordo aconteceu na abertura da 28ª Sessão do Comitê de Pesca da FAO. O evento conta com a participação de mais de 80 países que estão debatendo o relatório O Estado Mundial da Pesca e Aquicultura (Sofia) de 2008, divulgado ontem.
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O documento propõe que as práticas de pesca responsável sejam mais utilizadas e os planos de gestão incluam estratégias que considerem as mudanças climáticas em curso no planeta.
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O estudo traz dados sobre a Amazônia e mostra que a região tem um excedente de pescados ainda pouco usado para a alimentação. Cerca de 60% das populações de peixes ainda são sub-exploradas, enquanto 30% são sobre-exploradas ou estão em recuperação.
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A explicação, segundo a FAO, é que a população da América Latina e do Caribe, apesar do excedente de peixes, prefere comer carne vermelha. Entretanto, o padrão de consumo deve se modificar aos poucos devido ao desenvolvimento de novos canais de distribuição e à busca crescente por alimentos saudáveis.
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De acordo com o documento, a população latino-americana irá consumir cerca de 20% a mais de pescados em 2015. A pedido da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP), a FAO deu início ao trabalho de apoiar o governo para adequar as atividades pesqueiras nacionais às normas internacionais de pesca responsável.
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(Fonte: Danilo Macedo/ Agência Brasil)

Comunidade científica ganha navio hidroceanográfico

Oceanógrafos de todo o Brasil contam a partir de agora com uma embarcação que irá ajudar a aprofundar as pesquisas nas áreas de oceanografia física, química e biológica, meteorologia e batimetria (mapeamento do fundo do mar, de rios e lagos).
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O navio Cruzeiro do Sul foi apresentado na quarta-feira (4), no complexo naval Ponte da Armação, na cidade de Niterói (RJ), e é fruto da parceria entre a Marinha e o Ministério da Ciência e Tecnologia.
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Embora já existam dois navios hidroceanográficos que também podem ser utilizados para pesquisa, o Cruzeiro do Sul é o único que possui um conjunto de equipamentos para atender a todas as áreas da oceanografia. A princípio, a comunidade científica terá 80 dias de mar por ano para desenvolver pesquisas.
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O professor Heringer Villena, da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), foi um dos acadêmicos convidados para conhecer a nova embarcação. Ele acredita que a parceria da Marinha com a comunidade científica é um avanço na busca de maior conhecimento do ambiente marinho e irá beneficiar a sociedade como um todo.“Os outros navios, em sua maioria, são para trabalhos hidrográficos restritos à Marinha, a abertura é muito menor. Então, essa parceria, que define dias de mar para pesquisa com a comunidade científica, abre um leque de possibilidades muito maior para o desenvolvimento da ciência no Brasil.”
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O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, que participou da solenidade, admite que 80 dias de mar para os pesquisadores ainda não é o ideal, mas que vai estudar, junto com o comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, uma maneira de aumentar esse período.
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Ao todo, foram investidos cerca de R$ 26 milhões na compra do navio e nas instalações dos equipamentos, quase todos importados. Uma das novidades é o guincho oceanográfico de águas profundas que permite que os equipamentos desçam a uma profundidade de cerca de 5 mil metros.
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A primeira viagem do navio está prevista para 9 de março e terá duração de 2 meses, segundo o 1º tenente Fábio Bambace, um dos seis oficiais do navio. O objetivo da expedição, que contará com 14 pesquisadores, além da tripulação, será estudar a massa de água e as correntes da costa sul do país.
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Outro professor convidado, o oceanógrafo Marcos Fernadez, também da UERJ, elogiou a iniciativa, que possibilitará monitoramentos contínuos de fenômenos marítimos. No entanto, ele acredita que os recursos e a infra-estrutura para as pesquisas ainda estão muito aquém do necessário.“Na verdade, não é só uma questão de recurso. A gente precisa de uma maior integração do conhecimento.
Desenvolver tecnologia própria em vez de importar tecnologias estrangeiras. Precisamos de um parque de embarcações maior. Nós estamos muito atrás do que deveríamos, especialmente em tecnologia submarina.
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"O ministro Sergio Rezende afirmou que a expansão do sistema de ciência e tecnologia, e conseqüentemente das pesquisas, é uma prioridade do governo brasileiro. “A próxima etapa será a construção de um navio de pesquisa nacional projetado e construído no Brasil", afirmou.
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O ministro e o comandante da Marinha também anunciaram a aquisição de mais um navio polar para incrementar a presença do Brasil na Antártica e as pesquisas no local. A embarcação, produzida na Alemanha, deve chegar ao Brasil no dia 7 de abril. Esse será o segundo navio polar brasileiro.
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(Fonte: Flávia Vilela/ Agência Brasil)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Água transportada por navios de uma região a outra pode trazer prejuízos ao meio ambiente

Os navios utilizam a água do mar ou do rio para garantir a segurança operacional e sua estabilidade.
A água é captada e armazenada em tanques que são preenchidos com a quantidade necessária para manter o calado* durante as operações portuárias.
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A água captada pode conter espécies nativas e carregá-las para lugares distantes se for descarregada sem tratamento adequado. “O impacto gerado é muito severo, pois podem trazer para um novo local uma espécie com alto poder de procriação, além de poder ser predadora. Neste caso, ela pode substituir a espécie nativa e causar um desequilíbrio ambiental na região”, explica o professor da Área de Transportes e Logística no Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e presidente da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), Água de Lastro Brasil, Newton Narciso Pereira.
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No Maranhão um siri vindo do Oceano Índico e Pacífico está ameaçando as espécies locais. “O siri tem o corpo coberto de espinho e é agressivo o que impede sua captura. Além disso, esta espécie não tem valor econômico e está causando prejuízo para as pessoas que vivem da pesca”, diz.
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O caso brasileiro mais conhecido, no entanto, é o mexilhão dourado "L. fortunei”. A espécie é nativa de rios e arroios chineses e do sudeste asiático e está se expandindo para todo o planeta. Esta espécie foi identificada em 2001 na Usina Hidrelétrica de Itaipu e em 2002 foi encontrado também em Porto Primavera e Sérgio Motta. Nesses empreendimentos o mexilhão dourado se fixa na parede e nas grades de tomadas d’água, podendo comprometer a capacidade de produção. Tubulações e filtros podem ser entupidos e as espécies nativas também estão sob ameaça.
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Segundo o presidente da Água de Lastro Brasil a aquicultura também está sendo prejudicada com o lançamento de algas tóxicas em áreas próximas ao cultivo. Toxinas contaminam a produção tornando-a imprópria para o consumo. A melhor forma de combater a invasão de espécies pela água de lastro é o tratamento ainda no interior do navio, segundo Pereira. “Como ainda não existe um método 100% eficiente, deve-se procurar efetuar procedimentos para minimizar o problema como a troca oceânica”, sugere.
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Unidades de tratamento em terra na região portuária estão em estudo, “no entanto, medidas de controle nos portos brasileiros poderiam inibir o risco de novas bioinvasões nas águas brasileiras”, avalia.
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Desde 2005 uma lei imposta pela Marinha do Brasil estabelece que os navios devem realizar a troca oceânica antes de atracar em portos brasileiros, seguindo os mesmos parâmetros estabelecidos pela Organização Marítima Internacional - IMO. Na opinião do presidente a fiscalização ainda é falha, pela falta de um procedimento de inspeção. ‘Por exemplo, o porto de Santos recebeu em 2007, 5.600 navios de várias partes do mundo e grande parte deles continham água de lastro em seus tanques”, comenta Pereira.
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Países como Canadá e Estados Unidos apresentam fiscalização rigorosa quanto às embarcações, com controle feito a partir de formulários e medição da salinidade dos tanques de lastro dos navios. Irregularidades são punidas com multas pesadas e podem resultar até na prisão do comandante.
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* Calado é a designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação. O calado mede-se verticalmente a partir de um ponto na superfície externa da quilha. (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Calado)
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Danielle Jordan / AmbienteBrasil

Agricultor cria bomba de água com bicicleta em MG

Um agricultor de Limeira do Oeste (MG) usou a criatividade e peças de uma bicicleta para montar uma máquina que funciona como bomba, que puxa água de cisternas.
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A invenção facilitou a vida da família de Eterno Donizetti de Souza, que vive em um assentamento criado em 2007. As condições de moradia são simples e não há água encanada nem energia elétrica.
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Para conseguir água, apenas retirando de cisternas, com o uso do balde ou de uma bomba manual. “O desgaste era muito e tirava menos água. Dava muito cansaço”, diz o agricultor. Na falta de tecnologia, Souza usou a imaginação para facilitar o processo.
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Com pequenas adaptações, o inventor acoplou a bicicleta a uma bomba de água. O projeto ficou pronto em três meses e atraiu a atenção de vizinhos do assentamento. Um deles copiou a idéia de Souza e constatou: “Sai bem mais água do que ‘no braço’”, disse o agricultor Ângelo Henrique da Silva.
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A eficácia da máquina foi comprovada. Com o método braçal, a quantidade retirada de água não ultrapassava os 500 litros por dia. Com a “bomba de água com bicicleta”, nome com que Souza batizou seu projeto, o volume dobrou.
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Além de melhorar a situação da família de Souza, a bomba despertou a atenção da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). A invenção foi selecionada e disputou com mais 115 projetos de todo o estado o título de “Criatividade Rural”. Ele conseguiu o segundo lugar.
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Segundo o técnico da Emater, João Paulo Aguiar, que descobriu a invenção ao visitar o assentamento, a bicicleta foi escolhida por reduzir custos e reaproveitar materiais. “Nunca pensei que uma bicicleta ia dar tanto ibope. Todo mundo está feliz”, diz o agricultor.
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(Fonte: G1)