quinta-feira, 5 de março de 2009

Aterro Sanitário: um atrazo de 100 anos

É incabível que o Ministério do Meio Ambiente considere a construção de Aterros Sanitários uma solução para redução dos impactos ambientais. Participei por dois anos de uma campanha contra os aterros sanitários na cidade de Mogi das Cruzes, SP, onde se pretendia instalar um desses aterros regionais.
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Encabeçada por entidades de classe como CIESP, OAB, Universidades locais, ONGs e associações de classe esse movimento promoveu debates públicos em torno da gestão de resíduos sólidos. Com 27.000 assinaturas e uma campanha intensa conseguimos impedir a instalação desse aterro regional com objetivos escusos e valor contratual de cinco bilhões de reais.
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O terreno onde queriam enterrar o lixo tem 2,5 milhões de m2, espaço suficiente para receber o todo o lixo da região metropolitana da capital paulista. No entorno dessa área residem agricultores assentados pelo INCRA que produzem alimentos pra cidade alem de ser uma área destinada à instalação de indústrias limpas (ZUPI-1). Com o aterro instalado essa região sofreria uma desvalorização imobiliária instantânea.
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Com uma área total de 12,5 milhões de m2, onde vivem mais de 20 espécies diferentes de anfíbios, dezenas de espécies de pássaros, o macaco da cara marrom (em extinção), oito nascentes e um rio seriam condenados por mais de 100 anos. Muitas indústrias fechariam suas portas (existem 40 instaladas hoje) e outras tantas não se instalariam segundo pesquisas do CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, Alto Tiête Cabeceiras e AGESTAB – Associação das Indústrias do Taboão. Com a desvalorização da região seria fácil a ampliação deste lixão para atender os milhares de ton./dia de lixo que iriam para Mogi das Cruzes.
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Aterros sanitários apenas enterram o lixo quando ele poderia ser totalmente reciclado ou transformado em energia. Existem projetos de usinas verdes que transformam todo o lixo não reciclável em energia elétrica. Porque então insistirmos em aterros sanitários quando são considerados sistemas obsoletos em países como a Alemanha e Japão.
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Kennedy Rafael
Designer de Multimidia.
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Governo estuda ampliar crédito para tratamento do lixo
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Os ministérios do Meio Ambiente e das Cidades, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) estão estudando a abertura de novas linhas de crédito para a gestão de resíduos sólidos pelos consórcios intermunicipais.
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O anúncio foi feito na última sexta-feira (27) pelo secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Vicente Andreu, do Ministério do Meio Ambiente, durante reunião com seis prefeitos da região metropolitana de Campinas (SP). Vicente Andreu propôs a implantação pelos municípios do Plano de Gestão Integrada de Manejo de Resíduos Sólidos. "Com o plano, podemos definir melhor as soluções a serem utilizadas", destacou.
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Os seis municípios, Nova Odessa, Americana, Santa Bárbara d'Oeste, Sumaré, Hortolândia e Monte Mor, são integrantes do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas. Vicente Andreu informou que o MMA já está investindo entre R$ 350 mil e R$ 400 mil na realização de arranjos regionais para indicar soluções para o meio ambiente, como o consórcio regional do lixo.
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Ele ressaltou que a construção de aterros sanitários controlados ainda é a melhor solução para a redução dos impactos ambientais na realidade brasileira. Além disso, a gestão em parceria diminui consideravelmente os custos, que são rateados entre os participantes do consórcio, cabendo ao governo entrar com parte dos recursos pela suas linhas de crédito.
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Uma das estratégias que tem merecido especial atenção do governo federal na gestão dos resíduos sólidos é o incentivo às cooperativas de catadores e recicladores. Eles são fundamentais no processo de diminuição da quantidade de resíduos sólidos efetivamente destinados a aterros ou usinas.
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(Fonte: Suelene Gusmão/MMA)

Um comentário:

Administrador disse...

sam ed vida? nao querendo aterro? acham que eha soluçao??

atitude totalmente mediucre!