quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Pesquisador cita atlas da agência de águas como alternativa à transposição do São Francisco


O coordenador da Caravana em Defesa do São Francisco e do Semi-árido, Apolo Lisboa, afirma que uma das alternativas para minimizar os efeitos da seca no Semi-árido nordestino sem a necessidade de transpor as águas do rio São Francisco é aproveitar o Atlas do Nordeste, elaborado há seis meses pela ANA - Agência Nacional de Águas. http://parnaiba.ana.gov.br/atlas_nordeste/
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Lisboa, que também é professor na Universidade de Minas gerais, lembra que o documento propõe levar água a 34 milhões da região com investimento de R$3,6 bilhões.

“O próprio governo federal tem um projeto mais barato e mais real para beneficiar cerca de mil cidades, com pelo menos cinco mil habitantes”.
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Para o vice- presidente da Amupe - Associação Municipalista de Pernambuco, Fred Moreira Lima, o projeto de transposição merece crédito, já que passou por um processo de avaliações técnicas e recebeu licença ambiental.

“Essa discussão vem rolando há séculos, e não se chegou a uma conclusão para sanar uma dívida histórica com o povo do Nordeste. Propostas complementares são bem-vindas, mas a transposição precisa ser realizada. Só em Pernambuco, vai beneficiar 100 municípios, incluindo 70 no Agreste”.
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Na terça-feira (28), a caravna passou o dia no Recife para debater alternativas à transposição, na Universidade Federal Rural de Pernambuco. Desde o dia 19 de agosto, a caravana já percorreu seis capitais brasileiras.
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A intenção é buscar um consenso sobre o meio mais rápido e eficaz de distribuir água para população pobre que habita a região do São Francisco sem desperdício de dinheiro.
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Integram a caravana pesquisadores, professores universitários, ambientalistas, moradores de áreas próximas ao rio e representantes de comunidades indígenas.Depois do Recife, ela segue para João Pessoa, Salvador, Aracajú e Maceió.
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(Agência Brasil)
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Projeto
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Estimado em R$ 4,5 bilhões até 2010, o projeto de transposição do rio São Francisco é a maior obra anunciada pelo governo Lula. A obra completa, dividida em 14 lotes, prevê a construção de 700 quilômetros de canais de concreto em dois grandes eixos --Norte e Leste. Eles levarão uma parcela das águas do rio a quatro Estados atingidos pelas secas: Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.
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Somente neste ano serão investidos R$ 483 milhões, além de R$ 247 milhões que serão utilizados em projetos de revitalização, como tratamento de esgoto de municípios próximos ao rio, replantio de matas e recuperação de nascentes, em Minas Gerais, Estado que responde por aproximadamente 70% das afluências do rio.
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O projeto de transposição divide a região Nordeste. Bahia, Sergipe e Alagoas --Estados que são chamados de "doadores" das águas do rio-- são contrários às obras. Por outro lado, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará --que serão receptores das águas transpostas-- defendem a liberação da licença ambiental para que o projeto tenha início.
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O rio São Francisco nasce em Minas Gerais e cruza o Nordeste pelos Estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco e Alagoas.
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Pelo projeto de transposição, canais a serem construídos levariam água para o interior de Pernambuco, para o Ceará, para a Paraíba e para o Rio Grande do Norte.
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(fonte: Folha Online)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Países amazônicos precisam trabalhar em conjunto para cuidar da água, diz diretor da ANA

A Semana Mundial da Água, realizada este mês em Estocolmo (Suécia), teve um debate sobre a gestão dos recursos hídricos na Amazônia diante das mudanças climáticas. A conclusão foi de que os países da região precisam unir forças.
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"Somente através do trabalho conjunto dos oito países que compartilham as águas da Bacia Amazônica, com a integração das políticas, teremos condições de utilizar a capacidade hidrelétrica e de navegação da bacia em favor do desenvolvimento de todos", afirma Benedito Braga, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) e vice-presidente do Conselho Mundial da Água, que participou do encontro.
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"A reunião foi muito positiva para unificar o discurso dos países menos desenvolvidos, em favor da utilização da água como fator de desenvolvimento econômico e de melhoria da qualidade de vida das pessoas", disse Braga.
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Ele também destacou a posição defendida pela África do Sul, que “chamou a atenção dos países menos desenvolvidos para que, ao invés de se preocuparem com a questão da mudança climática, se preocupem em gerenciar bem os recursos hídricos, garantindo aos mais pobres o acesso à água e permitindo que os recursos possam ser utilizados em favor do desenvolvimento econômico e da melhoria da qualidade de vida".
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(Fonte: Alex Rodrigues / Agência Brasil)

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Semana Mundial da Água alerta para aumento do nível do mar


deAumento do nível do mar, derretimento das geleiras, chuvas intensas, furacões: diante das graves conseqüências de um planeta cada dia mais quente, torna-se urgente adaptar, e até reinventar, o desenvolvimento urbano, alertam especialistas em recursos hídricos.


Com cerca de 80% da população mundial vivendo a menos de 50 km de distância da costa, o Instituto Internacional da Água (Siwi), em Estocolmo, lembra que "um dos vários efeitos provocados pelas mudanças climáticas é o aumento do nível do mar"."


Deveríamos insistir de verdade no fato de que a dimensão climática deve ser levada em consideração no planejamento urbano; deveríamos elaborar mapas de vulnerabilidade, desenvolver programas de ação", disse à AFP Johan Kuylenstierna, diretor da Semana Mundial da Água, que ocorreu de 12 a 18 de agosto.


O congresso anual chegou à sua 17ª edição e reuniu em Estocolmo cerca de 2.500 especialistas em recursos hídricos vindos dos cinco continentes. As mudanças climáticas ocupam o lugar de destaque na agenda deste ano.


"A gestão da água é uma ferramenta importante para enfrentar as mudanças climáticas. Administrando corretamente a água, nos preparamos corretamente para as mudanças climáticas", resumiu Kuylenstierna.


Segundo o diretor da conferência, o homem assiste hoje ao dobro do crescimento da população mundial e do aquecimento do planeta. "Por exemplo, há cem anos, Bangladesh tinha uma quarta parte de sua população atual. Se acontecia uma inundação, os efeitos eram bem menores do que hoje.


A isso se somam agora as mudanças climáticas."Enchentes na Índia, Nepal e Bangladesh já deixaram milhões de desabrigados e 1.900 mortos desde junho.


Segundo o Siwi, "as mudanças climáticas, aliada a uma população que continua aumentando e à expansão dos centros urbanos, é uma receita para catástrofes". "As cidades costeiras podem ficar ameaçadas se medidas para adaptação não forem tomadas agora", afirma o instituto.


Segundo Kuylenstierna, uma das medidas poderia ser "deslocar as populações que vivem (...) perto de rios e do mar". "São regiões muito atraentes, mas talvez tenhamos de aceitar que não se pode lutar contra a natureza sempre", completou.


Hábitos - Kuylenstierna comemorou o fato de algumas companhias de seguros nos Estados Unidos terem advertido seus clientes de que não fazem mais apólices de construções erguidas em áreas consideradas de risco. É evidente que, diante das dificuldades de mudar os hábitos de cidadãos e autoridades, o dinheiro e a pressão econômica são argumentos convincentes, observou.


Para Sunita Narain, diretora do Centro para a Ciência e o Meio Ambiente da Índia, seu país está em pleno processo de urbanização e passa por um "boom" da construção civil nas cidades - uma oportunidade para desenvolver alternativas que amenizariam os efeitos das mudanças climáticas e inventar "novos modelos" de cidades, considera a influente especialista."


As mudanças climáticas significam que cada vez haverá mais acontecimentos imprevisíveis, cada vez mais inundações. Temos de planejar uma gestão da água, para onde ela irá", explicou Narain, destacando que até hoje a construção das cidades gira em torno dos edifícios, sem levar em conta a questão dos recursos hídricos."Temos de fazer cidades mais resistentes às mudanças climáticas", insistiu.


A especialista destacou ainda a importância de se tomar medidas, principalmente no setor dos transportes, para combater o aquecimento global e reduzir as emissões de CO2.


(Folha Online)

EXCLUSIVO: Cuidado com meio ambiente torna-se diferencial em empreendimentos imobiliários em SP e no RJ


Mônica Pinto / AmbienteBrasilDesenvolvimento urbano esteve freqüentemente associado à degradação ambiental, sobretudo porque, até pouco tempo, o crescimento das cidades ainda se dava de forma desordenada, em maior ou menor grau.
A iniciativa privada vem, contudo, apostando no conceito de construção sustentável, não só para agregar valor às próprias marcas, mas também para atender a um público consumidor cuja consciência ambiental o impele a aquisições que contemplem um maior respeito aos recursos naturais.
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Atenta a este mercado, a incorporadora Esfera Empreendimentos tem hoje, em São Paulo, pelo menos quatro lançamentos com o selo Ecolife, criado por ela para identificar empreendimentos planejados sob o prisma da sustentabilidade, o que implica, inclusive, na redução da taxa de condomínio em até 30%.
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A empresa estabeleceu doze “diferenciais ecológicos”, que caracterizam estes imóveis, entre os quais a presença de herbário e pomar; utilização de energia solar em algumas áreas comuns; sensores de presença, reúso de água, coleta seletiva de lixo, medidores de consumo de água e gás individuais e apartamentos dotados de “churrasqueira ecológica”, com sistema de aquecimento a gás em rochas vulcânicas – ou seja, que não produz fuligem nem consome carvão vegetal.
No Rio de Janeiro, a Carvalho Hosken lançou a Península, área de 780 mil metros quadrados que literalmente avança por parte da Lagoa da Tijuca, daí seu nome. O empreendimento vem sendo apresentado como o “primeiro bairro ecológico da Barra”, uma licença mercadológica, posto que só a Prefeitura tem o poder de criar bairros. Reúne 64 prédios, divididos em cerca de 25 condomínios, metade dos quais já lançados.
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Toda a área construída ocupa apenas 8% da Península, que abriga ainda dois parques, cada um com 45 mil metros quadrados. “Esse é um bairro que se criou ao longo de três décadas”, disse a AmbienteBrasil Ricardo Correia, diretor de Marketing da Carvalho Hosken. Ele informa que há 35 anos, já de posse da área, a empresa começou a trabalhar na recuperação das matas ciliares da Lagoa da Tijuca e na recomposição das faixas de mangue e restinga. Nelas, os moradores hoje passeiam nas chamadas “trilhas ecológicas”, onde quadros disseminam informações como os nomes científicos e populares das espécies que podem avistar e sobre a importância dos manguezais para o equilíbrio natural.
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O consumidor aprovou – cerca de mil famílias residem hoje na Península, ocupando 35% dos imóveis já lançados, num processo entre construção e venda que deve se estender ainda por seis ou sete anos, pelos cálculos de Ricardo Corrêa. A concepção do novo bairro rendeu à Carvalho Hosken o Prêmio Master Imobiliário 2006 - categoria "Desenvolvimento Urbano", uma espécie de Oscar do ramo, conferido pela Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (Fiabci/Brasil), com sede em Paris, e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo – Sinduscon/SP.
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NOVOS CONCEITOS
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Mas não é só do luxo que se alimenta a construção mais ecologicamente correta. No próximo dia 22, será aberta no Rio de Janeiro a quarta edição da mostra de decoração “Morar mais por menos – o chique que cabe no bolso”. Fica em exposição até 23 de setembro, na Estrada da Gávea, 710 (pouco antes da Villa Riso), em São Conrado. Como o nome expressa, a proposta é alcançar beleza e praticidade sem grandes impactos no orçamento. Com isso, profissionais da Arquitetura e da Decoração começam a apostar cada vez mais em produtos naturais – não sintéticos -, como linho e juta, e nas amplas possibilidades da reciclagem.
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No espaço Varanda do Casal, por exemplo, as autoras – Paula Wanderley, Ana Cristina Pinho e Márcia Lira – usaram um refugo de madeira no piso e nas paredes do ambiente. “As tábuas estavam jogadas em um canto e não poderiam ser comercializadas porque simplesmente estavam comidas por cupins”, disse Paula a AmbienteBrasil. Os insetos deixaram nelas um desenho, tornando-as uma escultura, segundo a arquiteta. “Demos nelas um banho de óleo queimado, ficou uma aparência fantástica”.

Projeto “Meros do Brasil” articula prorrogação de portaria para preservação do peixe Mero


Diversos segmentos da sociedade, acadêmicos, pesquisadores, representantes de ONGs e associação de pesca estão se mobilizando para assegurar a sobrevivência do Mero, Epinephelus itajara.


Nos últimos dias 15 e 16 de agosto, foi realizada no Cepsul/Ibama (Centros de Pesquisa e Extensão Pesqueira das regiões Sudeste e Sul), em Itajaí (SC), uma reunião com cerca de 30 representantes para discutir a prorrogação da portaria 121 de 20 de setembro de 2002.


A medida proibiu a pesca e comercialização do Mero por um período de cinco anos, em todo o território brasileiro, com isso, a espécie se tornou o primeiro peixe marinho da história do Brasil a receber um mecanismo legal de proteção.


Com o prazo expirando, o grupo elaborou um documento solicitando a prorrogação do prazo por mais 5 anos, o que deve garantir mais estudos sobre a espécie. A articulação para prorrogação da portaria faz parte do projeto “Meros - Estratégias para a Conservação de Ambientes Costeiros e Marinhos do Brasil”, patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental. O grupo envolvido no projeto também participou ativamente da edição da portaria 121/2002.


O Mero é uma espécie de grande porte, da família Serranidae, a mesma da Garoupa e do Badejo. Ele pode atingir três metros de comprimento, pesar mais de 400 quilos e viver mais de 40 anos.


Mas a captura excessiva desta espécie, que ocupa áreas costeiras e apresenta comportamento destemido em relação a presença humana, além da crescente degradação de seu habitat vem resultando em declínios populacionais.


O Mero é altamente susceptível à pesca, pois possui longo tempo de geração, com taxas de crescimento lento e maturação sexual tardia, além de hábitos como os de agregar-se para a reprodução. Atualmente, o peixe está na lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção da IUCN (Internacional Union for Conservation Nature) como espécie Criticamente Ameaçada.


Recentemente, o Ibama definiu a espécie como sobre-explotada, devido a sua alta longevidade, maturação tardia e alto valor comercial. O documento que solicita a prorrogação da Portaria avalia que a atividade pesqueira se concentra sobre os agregados de reprodução, o que aumenta a vulnerabilidade do Mero. E esclarece que o período se justifica, pois está prevista uma nova avaliação global pela UICN e uma nacional, utilizando dados produzidos e organizados pelo Projeto Meros do Brasil e parceiros, dentro deste prazo.


A solicitação de prorrogação ainda deve ser fortalecida devido as experiências realizadas pela preservação do peixe na Bahia da Babitonga (SC) e pelos projetos desenvolvidos. Além do projeto “Meros do Brasil”, patrocinado pela Petrobras, através do programa Petrobras Ambiental, também estão em desenvolvimento a "Rede Nacional para a Conservação de Lutjanidae e Serranidae", aprovado recentemente pelo FNMA (Fundo Nacional do Meio Ambiente), com duração de 2 anos e "Conhecimento Ecológico Local: Convergindo esforços na Conservação do Mero - O Senhor das Pedras", patrocinado pela Critical Ecosystem Partnership Fund, Fundação Biodiversitas.


“Como estes projetos estão em andamento é essencial que eles tenham a garantia de pesquisa para gerar informações para futuras tomadas de decisão”, alerta Paulo Beckenkamp, gerente executivo do projeto “Meros do Brasil”. Ele lembra ainda que a continuidade da portaria vai assegurar não somente o conhecimento científico. “A portaria para a proibição da pesca visa preservar o Mero, mas terá uma influência muito grande também na conservação dos ambientes associados”.


O responsável técnico pelo Projeto Meros do Brasil, Mauricio Hostim, explica que a prorrogação segue tendências e esforços mundiais. Ele explica que a edição da portaria já possibilitou que fossem realizados novos estudos sobre esta espécie, mas os pesquisadores precisam de mais tempo para a divulgação das informações produzidas e continuidade dos trabalhos iniciados neste período.


É justamente a portaria que pode auxiliar neste processo. Na ocasião da reunião, também foi elaborada uma minuta da prorrogação da Portaria 121/2002. Agora, os documentos seguem para avaliação do Ibama.


(Fonte: Assessoria de Imprensa do Projeto)

Xangai terá a maior usina de tratamento anaeróbio de lixo


Em abril de 2008, Xangai abrirá a maior usina de tratamento sem oxigênio de lixos do mundo. Em 4,33 hectares poderão ser processadas 800 toneladas de dejetos diariamente, informou nesta terça-feira (14), o jornal oficial Shanghai Daily.


A construção da central começa em novembro no distrito de Putuo. O custo do projeto rondará os 300 milhões de iuanes (US$ 39,47 milhões).


As instalações serão capazes de gerar 41 milhões de quilowatts-hora de eletricidade e 40 mil toneladas de solo orgânico por ano.


Zhang Jingyuan, diretor-geral da empresa subsidiária em Xangai da Biomax Environmental Technology, o maior investidor do projeto, explicou que o lixo será separado ao chegar à usina, tratado com processos de fermentação anaeróbia e transformado em solo orgânico através de processos de desidratação. O gás derivado do processo pode ser utilizado para gerar eletricidade.


(Estadão Online)


saiba mais:

http://freeenergynews.com/Directory/Waste2Energy/index.html

http://radio.weblogs.com/0119080/stories/2003/08/28/galleryPowerAndLight.html

Principais cidades australianas buscam novas fontes de água

As principais cidades da Austrália precisam encontrar novas fontes de água na próxima década, segundo um novo estudo publicado nesta terça-feira (14) pela imprensa australiana.

O custo do uso doméstico de água também terá que aumentar para financiar novas infra-estruturas, afirma o relatório da Associação de Serviços de Água da Austrália (WSAA, sigla em inglês), citado pelo jornal "The Australian". O texto completo será divulgado nesta quarta-feira (15).

Fatores como a mudança climática, que provocou uma forte redução das chuvas nos últimos dez anos, e o aumento da população obrigarão Darwin, capital do Território do Norte, numa zona tropical, a encontrar novos recursos aqüíferos, optando pela dessalinização ou pela reciclagem.

Em um ano, o nível dos açudes do continente mais seco do mundo depois da Antártida baixou 80% em comparação com a média a longo prazo, segundo o estudo.

De julho de 2006 a junho de 2007, as principais cidades australianas tiveram de destinar mais de US$ 633 milhões a infra-estruturas para fornecimento de água. O total chegará a US$ 1,18 bilhão em 2007/2008 e mais de US$ 1,9 bilhão em 2009, segundo as previsões da WSAA.

Os governos de Sydney, Melbourne e Gold Coast planejam uma usina de dessalinização da água do mar, que já está sendo construída em Perth. O sudeste de Queensland vai dispor de um enorme encanamento que bombeará água reciclada.

(Folha Online)

Criado no Brasil, “primeiro software ecológico do mundo” calcula viabilidade econômica da reciclagem

Mônica Pinto / AmbienteBrasil

No próximo dia 24, às 18h30, no centro de ensino ESAMC de Sorocaba (SP), vai ser lançada a versão 1.6 do “primeiro software ecológico do mundo” – conforme o material de divulgação.

Batizado de Verdes – sigla para Viabilidade Econômica da Reciclagem dos Resíduos Sólidos -, o programa pretende ser uma ferramenta prática para prefeituras, secretarias, instituições, ONGs, universidades e pesquisadores.

A mensuração dos resultados se dá analisando os mais lucrativos produtos reciclados do lixo urbano brasileiro - lata de alumínio, papel e papelão, plástico, vidro e lata de aço -, os quais representam mais de 90% dos valores mercadológicos conseguidos com o processo da reciclagem.

Com base na quantia produzida, reciclada e disposta em aterros, torna-se possível mensurar a economia de matéria-prima, energia, água e a redução dos danos ambientais, coleta, transporte e arranjo final do lixo.

Com a quantia de lixo jogada nos aterros somada aos índices que foram reciclados, tem-se o total produzido ou consumido de um determinado produto.“Já foi provado cientificamente que a reciclagem dos resíduos sólidos é viável economicamente, gerando trabalho e renda para milhares de pessoas, e sua adoção deixou de ser econômica para se tornar ecológica”, diz Márcio Magera, professor universitário, economista e consultor ambiental.

Ele concebeu o Verdes em meio às atividades de seu pós-doutoramento em Sociologia, pela Unicamp. “Ás vezes, uma Prefeitura paga R$ 100 mil ou R$ 200 mil para fazer um diagnóstico da reciclagem dos resíduos sólidos naquela cidade. O programa faz de graça, com uma margem de erro mínima”, disse a AmbienteBrasil, lembrando que, segundo o IBGE, os brasileiros geram 120 mil toneladas diárias de lixo, sendo que apenas um terço vai para os aterros sanitários devidamente controlados. “Os outros dois terços são disputados por catadores e vassalos da modernidade que vivem do lixo e no lixo”.

“Com a simplicidade de alguns toques, se pode saber em questão de segundos, o quanto sua região, cidade, Estado ou país, pode economizar e ganhar em matérias-primas, energia e água”, reforça o professor. Dentro do Verdes, há também um programa de gestão para Cooperativas. O software está sendo distribuído gratuitamente aos interessados (para baixá-lo, é só clicar aqui). “Eu fiz o meu pós-doutoramento de graça na Unicamp, e quis retribuir”, diz Márcio Magera, para quem “todos devemos deixar o mundo ao menos um pouco melhor do que o encontramos”.

Reflorestamento é melhor que biocombustíveis, diz pesquisa

A preservação de áreas verdes e o reflorestamento são maneiras mais eficientes de combater o aquecimento global que o uso de biocombustíveis, segundo um estudo britânico publicado na revista Science.

O estudo é o primeiro a calcular as emissões de carbono durante todo o ciclo dos biocombustíveis - das plantações à extração e à transformação em combustível - e a comparar os resultados ao armazenamento de carbono em ecossistemas naturais.

A conclusão da pesquisa é que as florestas podem absorver de duas a nove vezes mais carbono em um período de 30 anos do que as emissões evitadas pelo uso de biocombustíveis.
Logo, de acordo com os pesquisadores, seria mais eficiente reflorestar áreas cultiváveis a usá-las para a plantação de matéria-prima para biocombustíveis.

Os autores Renton Righelato e Dominick Spracklen alegam que a política de biocombustíveis está sendo desenvolvida sem que as implicações de seu uso sejam conhecidas.
"A razão principal razão do comprometimento com os renováveis era o corte nas emissões de dióxido de carbono. Na nossa visão, esta política está errada porque ela é menos efetiva que o reflorestamento", Righelato disse à BBC.

O estudo afirma ainda que vastas áreas serão desmatadas em várias partes do mundo para que as metas de uso de biocombustíveis possam ser alcançadas, o que teria um impacto imediato e considerável no ciclo de carbono.

"O estoque de carbono nas florestas fica entre 100 e 300 toneladas por hectare. Três quartos disso são perdidos no primeiro ano, durante desmatamento e queimadas. Levaria - em todos os casos que examinamos - entre 50 e 100 anos para que esse carbono fosse recuperado pela produção de biocombustíveis", explicou Righelato.

Segundo os pesquisadores, a ênfase das políticas contra o aquecimento global deveria ser colocada no aumento da eficiência do uso de combustíveis fósseis combinado ao investimento em outras fontes de energia renovável, livres de carbono, além do reflorestamento de terras aráveis que não estão sendo usadas para a produção de alimentos.
(Fonte: Estadao.com.br)

Especialistas advertem que biocombustíveis consomem muita água

Os biocombustíveis, apontados como os substitutos ideais das energias fósseis para reduzir as emissões de CO2, não são a solução para todos os problemas, segundo especialistas, os quais advertem que sua produção exige muita água, um recurso limitado.

Também temem que a fabricação em grande escala destes combustíveis "verdes", feitos a partir de produtos agrícolas, seja levada adiante em detrimento da produção de alimentos básicos."Enquanto os governos e as empresas discutem a solução para os biocombustíveis, acho que devem levar bastante em consideração a questão da água", afirmou à AFP Johan Kuylenstierna, diretor da Semana Mundial da Água.
Esta 17ª edição do congresso reúne em Estocolmo cerca de 2.500 especialistas do setor de recursos hídricos vindos de todo o mundo.

No futuro, "a produção de alimentos deverá aumentar, o consumo de água no setor agrícola crescerá enormemente e a produção de biocombustíveis dará um salto. Do ponto de vista da água, a equação não se sustenta", advertiu Kuylenstierna."De onde sairá a água que serve para cultivar alimentos para nutrir uma população mundial crescente se for desviada para a produção dos cereais que servem para os biocombustíveis?", se perguntou David Trouba, porta-voz do Instituto Internacional de Água em Estocolmo (SIWI).

Segundo o SIWI, em 2050, a quantidade de água necessária para a fabricação de biocombustíveis equivalerá à necessária para que o setor agrícola abasteça da população do planeta."Os biocombustíveis não são 'a' solução, e sim 'uma' solução", considerou Kuylenstierna.

Para Sunita Narain, diretora do Centro para a Ciência e o Meio Ambiente da Índia, os biocombustíveis são "uma boa idéia na teoria, má na prática".Segundo esta especialista influente, a prioridade passa por discutir e solucionar a questão do consumo de combustíveis.Porque se torna "extremamente idiota" imaginar que será possível no futuro consumir tanto biocombustível como atualmente consumimos combustíveis fósseis, considerou."Se quisermos dedicar água (à produção de biocombustíveis), devemos reduzir o consumo de biocombustíveis. Por exemplo, destiná-los aos ônibus e não aos automóveis", explicou.

Além da questão do limite da disponibilidade de água, os especialistas temem que a produção em grande escala dos combustíveis "verdes" provoque um forte aumento dos preços dos produtos alimentícios básicos."A produção de biocombustíveis poderá se tornar uma importante competidora da produção de comida. Os preços mundiais dos alimentos poderão aumentar", explica Kuylenstierna.

Opinião compartilhada por Narain, que denuncia a pressão sobre os preços dos alimentos e cita como exemplo "a guerra da tortilha": o aumento nos Estados Unidos da produção do etanol produzido a partir do milho provocou no início de 2007 uma alta no preço do milho no mercado internacional e o conseqüente encarecimento das "tortilhas" de milho consumidas pelos mexicanos.

O etanol é um biocombustível que passou a ser a prioridade nacional nos Estados Unidos, onde representa 5% do volume total de gasolina vendida.Encher um depósito de 95 litros de etanol puro requer cerca de 200 quilos de milho, ou seja, calorias suficientes para alimentar uma pessoa durante um ano, ressalta o SIWI em um dossiê para a imprensa.

(Fonte: Yahoo!)

MMA define municípios da bacia do São Francisco

O Ministério do Meio Ambiente definiu os municípios que serão atendidos pelo Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, ligado à SRHU - Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. No total, serão atendidos 503 municípios, de acordo com critérios definidos pela Agência Nacional de Águas e pelo Programa Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), facilitando a atuação das diversas instituições envolvidas na revitalização da bacia do Rio São Francisco.
Os limites do meio físico determinados foram os da própria bacia hidrográfica. "Esta delimitação apresenta o traçado do divisor da bacia coincidente com a linha de divisa dos estados - quando esta é o próprio divisor da bacia -, evitando, portanto, problemas na hora de se considerar 'área fora' e 'área dentro' da bacia para os municípios limítrofes", afirma o coordenador técnico do Programa Zoneamento Ecológico-Econômico, Marcos Estevan Del Prette.
A seleção da área de abrangência da área limite da bacia do São Francisco é de fundamental importância para a elaboração do banco de dados do ZEE e para o tratamento dos dados e informações utilizadas pelo zoneamento, principalmente com relação aos dados de hidrologia e socioeconômicos. (MMA)

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Brasil pode expandir biocombustível sem prejudicar meio ambiente, diz Marina Silva

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta quinta-feira (16) que é possível expandir o programa de biocombustíveis do país sem prejudicar o meio ambiente.

"No caso da realidade brasileira, temos uma meta de chegarmos a 2015 com uma produção de 30 bilhões de litros de etanol (álcool combustível). E utilizamos uma quantidade muito pequena das áreas agricultáveis para a produção atual que temos", afirmou Marina Silva em entrevista à Agência Brasil.

"Podemos aumentar a nossa produção sem que isso signifique avançar sobre a área de florestas e ainda fazendo um programa de recuperação de nascentes, de recuperação de área de preservação permanente, reduzindo os impactos ambientais em relação ao corte da cana (a principal matéria-prima do etanol no país), com novas tecnologias, utilizando a biomassa da cana, sobretudo o bagaço, para geração de energia", completou.

Segundo ela, um grupo interministerial coordenado pela Casa Civil trabalha a certificação dos biocombustíveis de modo que a produção siga critérios de sustentabilidade socioambiental.

Em entrevista a emissoras de rádio parceiras da Radiobrás, a ministra ressaltou a importância de se considerar tanto a viabilidade econômica quanto a ambiental no país. Disse que é possível aumentar no Brasil o plantio de soja de forma sustentável.

"Em relação à questão da soja, o que temos trabalhado é no sentido que se tenha um programa de desenvolvimento sustentável para a agricultura brasileira”, afirmou. “E o Ministério da Agricultura está com essa incumbência de viabilizar, de acordo com a legislação brasileira, os meios para que as áreas já abertas possam ser consolidadas para o plantio da soja e para a pecuária, fazendo a recuperação de APP (área de preservação permanente), de reserva legal (porção da propriedade que deve permanecer com vegetação nativa), a fim de que não se tenha que abrir novas áreas." (Radiobrás)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Gavião-real tem vôo monitorado pela primeira vez no país

Pela primeira vez no país os vôos de um gavião-real (Harpia harpyja) são monitorados via satélite. Quem recebeu o primeiro radiotransmissor foi um filhote de quatro meses, uma fêmea com 4,4 kg e com 1,83 m de envergadura. Ele é o terceiro gavião de vida livre a usar também uma anilha (anel de aço inox) do Cemave - Centro Nacional de Pesquisas para Conservação das Aves Silvestres.

O radiotransmissor é equipado com o Sistema de Posicionamento Global (GPS, sigla em inglês) para rastrear a movimentação da ave. O feito marca a inauguração do sistema de satélites brasileiros para acompanhamento de animais silvestres. O procedimento foi feito em julho no assentamento do Incra - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária Vila Amazônia, em Parintins (AM).

Durante três anos o filhote será monitorado via satélite por meio do radiotransmissor, que foi implantado em forma de mochila no dorso. O sistema de GPS acumulará os dados do posicionamento do animal e está programado para transmitir as informações diariamente pelo sistema de satélites brasileiros.

As localizações do gavião-real serão acessadas no Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais pelo ecólogo e especialista em monitoramento de animais, José E. Mantovani. Ele será responsável pelo recebimento dos dados e tradução para se obter o mapeamento do vôo dos gaviões de forma a gerar informações sobre a movimentação no entorno do ninho e distância de dispersão da espécie até sua fase adulta.

Os trabalhos são coordenados pela cientista do Inpe, Tânia Sanaiotti, e estão inseridos no projeto de conservação do gavião-real. A pesquisadora explica que o projeto de acompanhamento dos ninhos na região já é feito há mais de seis anos e tem como objetivo envolver as comunidades rurais do assentamento.

Segundo ela, só assim será possível traçar caminhos para uma convivência pacífica entre os assentados e o Gavião-real. Isso porque o gavião-real caça principalmente preguiças (79%) naquela região, conforme informações da especialista em dieta de gavião-real, Helena Aguiar.

A pesquisadora explica que o filhote que recebeu o equipamento ainda não voa e permanece no ninho, que está localizado em uma castanheira com cerca de 32 metros de altura.

"O ninho foi encontrado pelo proprietário do lote, Sebastião Pereira, da Comunidade Santo Antônio do Murituba, um assentamento do Incra. Ele acompanhou de perto com seus filhos toda a operação de captura do filhote", destacou Sanaiotti.

A operação para captura do animal demandou quatro dias de observação do comportamento dos gaviões adultos; escolha do melhor momento para chegar ao ninho e preparo do acesso ao local. Também foi necessário aguardar a mãe do filhote trazer alimento. Após a marcação, o filhote foi devolvido ao seu ninho.

Sanaiotti disse que um segundo rádiotransmissor, financiado pela Fundação Boticário, está previsto para ser colocado em um filhote no bioma Cerrado ou Pantanal, no Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul. Além disso, um terceiro transmissor, adquirido pela Veracel Celulose S/A, será utilizado na mesma espécie na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Veracel, localizada no sul da Bahia, tido como um dos poucos fragmentos de floresta da Mata Atlântica do estado. (JB Online)

Dilma não quer país especializado em matéria-prima de biocombustíveis

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu que o país não exporte a matéria-prima do biocombustível, mas o produto já processado. Segundo ela, há interesse da União Européia em "nos especializar em fornecedores de matéria-prima, coisa que não é do nosso interesse".


Dilma falou em palestra durante o seminário Biocombustíveis: a Nova Fronteira da Energia. A ministra criticou o plano da União Européia que, segundo ela, tem como foco para a utilização de energias renováveis a utilização do biodiesel a partir da importação da matéria-prima para a produção de energia.

Segundo a ministra, "o Brasil vai responder com o selo social às exigências cada vez maiores das legislações dos Estados Unidos e dos países da União Européia e do Japão do ponto de vista dos padrões socioambientais, critérios de sustentabilidade, condicionantes trabalhistas e quesitos ambientais rigorosos – para impedir que não sejam criadas barreiras não-tarifárias para os nossos renováveis".

Segundo projeções feitas por Dilma Rousseff, as pretensões dos países do bloco é de chegar a 2010 adicionando 5,75% de renováveis à demanda por combustíveis, totalizando 16 milhões de litros de álcool e outros 515 milhões de litros de biodiesel. Já os Estados Unidos, que tem foco no etanol, a meta é reduzir em 20% o consumo de gasolina nos próximos dez anos, o que criará uma demanda potencial por etanol de mais 40 bilhões de litros de álcool. (Agência Brasil)

terça-feira, 7 de agosto de 2007

56 baleias francas registradas nos mares catarinenses contra 11 ano passado

Depois de séculos de caça indiscriminada, as baleias-francas (Eubalaena australis) finalmente estão recuperando sua população, atraindo turistas que querem ver o nascimento e a amamentação de seus filhotes no litoral de Santa Catarina.
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Os pesquisadores do Projeto Baleia Franca, neste ano, estão comemorando um número expressivo:
56 baleias registradas nos mares catarinenses no mês de julho deste ano, enquanto no ano passado só 11 animais foram avistados nesse mesmo período.
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O espetáculo das baleias-francas no estado sulino dura cinco meses.

Os animais, com até 18 metros de comprimento e 60 toneladas, migram da Antártida para o litoral sul do Brasil em busca de águas mais quentes, onde podem dar à luz seus filhotes e amamentá-los. Os turistas podem observá-las com relatividade facilidade porque as baleias chegam bastante perto da praia.
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Os cientistas do Projeto Baleia Franca usam helicópteros para monitorar a população dos cetáceos.

Há 25 anos, foram avistados apenas duas baleias da espécie no litoral catarinense; já na última temporada de reprodução houve o registro de mais de 200 indivíduos.
Os animais estão entre os que mais sofreram com a caça desde tempos medievais, porque seu cadáver flutua quando são mortos com arpões. Assim, era fácil para os baleeiros aproveitar sua carne e gordura.
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O método de identificação visual de indivíduos leva em conta as calosidades na cabeça do bicho. Elas funcionam como impressões digitais -- nenhum indivíduo tem os mesmos calombos que os de seu vizinho, o que facilita rastreá-las.
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Segundo a bióloga Karina Grock, a população das baleias-francas no Brasil cresce a uma taxa de 14% ao ano, mas a espécie ainda é a segunda mais ameaçada do mundo.
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(Fonte: Portal G1)

leia mais sobre baleias:
http://www.baleiafranca.org.br/
http://www.pick-upau.org.br/mundo/baleias/baleias.htm
http://www.institutoaqualung.com.br/info_baleias_65.html

Exploração de aqüíferos pode tornar inúteis obras de transposição do Rio São Francisco, alerta professor

A exploração indiscriminada dos aqüíferos subterrâneos responsáveis pela manutenção da perenidade do Rio São Francisco pode resultar em uma perda total das obras de transposição que o governo deseja implementar.
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A informação é do professor de Geociências José Elói Campos, da Universidade de Brasília, a partir de pesquisa sobre esses aqüíferos feita pela universidade. O período de seca na região Nordeste, explicou, atinge todos os estados e a construção de poços para irrigar a plantação afeta o equilíbrio ambiental, pois a água não retorna ao aqüífero e nem vai para o rio.
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A perenidade do Rio São Francisco, segundo ele, é fruto do abastecimento desses aqüíferos.“Está ocorrendo uma intensificação no processo de utilização desses reservatórios naturais, e se esses recursos não forem bem geridos, poderemos assistir daqui a 20 anos a uma diminuição na vazão do rio, resultando na perda de todas as obras de transposição”, disse Campos em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional AM. O professor disse que essa exploração intensificou-se devido à vocação da região para a agricultura irrigada e à proibição de retirada de água de rios que são afluentes do São Francisco.
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Para o impasse entre o desenvolvimento da agricultura e a proteção dos aqüíferos, ele sugeriu a busca pela sustentabilidade do sistema, pois apesar de os reservatórios serem interessantes do ponto de vista da quantidade de água, eles são limitados.
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O estudo foi realizado durante quatro anos no oeste da Bahia, divisa do estado com Goiás e Tocantins, que mostrou também que os reservatórios naturais são responsáveis por cerca de 40% do abastecimento do rio São Francisco no período da seca.
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“O que aumenta a preocupação é que não vemos, em nenhum momento no projeto de transposição, menção ao aqüifero que é o grande abastecedor do São Francisco”, disse o professor.
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(Fonte: Marcos Agostinho / Agência Brasil)

sábado, 4 de agosto de 2007

Bambu poderia servir de salvação para o planeta

O bambu é uma planta antiga e versátil, que tem papel em mitos de criação mas também surge plantada em vasos humildes nos terraços de Manhattan. A planta existe em variedades semelhantes a moitas, mais comportadas, e em variedades selvagens que se propagam como mato, por rizomas, as quais servem muito bem em uma área selvagem mas não são uma boa idéia quando plantadas para delimitar um jardim ou quintal, porque podem invadir o terreno vizinho. Mas é exatamente esse vigor expansivo que está levando os ambientalistas a tratar o bambu como a nova planta essencial para a salvação do planeta.
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O bambu trabalha muito bem na retenção de dióxido de carbono e produção de oxigênio. É uma planta resistente que produz seus próprios compostos antibacterianos e pode prosperar sem pesticidas. E suas fibras porosas podem ser usadas na produção de um tecido poroso e suave como a seda. De fato, os fabricantes de tecidos do Japão e da China estão envolvidos em tamanha corrida por bambu que, em sua edição de maio, a revista National Geographic previu que "esse tecido recentemente desenvolvimento pode um dia competir com o rei Algodão" (nos mercados chinês e japonês o bambu é explorado em plantações comerciais).
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No entanto, enquanto a demanda mundial aumenta cada vez mais, a oferta de bambu escasseia. Planta que em geral floresce apenas uma vez a cada 60 ou 120 anos e depois morre, sua propagação por meio de sementes é difícil. E cultivar bambu por enxertos de plantas existentes é notoriamente complicado. Assim, quando Jackie Heinricher e Randy Burr descobriram como produzir bambu em tubos de ensaio - vendendo as primeiras duas mil plantas a centros locais de jardinagem no vale de Skagit, no Estado de Washington- o efeito no mundo da horticultura foi intenso.
Anne Raver



Inspeção do Ibama auxilia decisão do MPF-PB de demolir casa em Área de Preservação Permanente

Uma inspeção realizada pelo Ibama no município do Conde, litoral sul do estado da Paraíba, encontrou uma residência que foi construída em Área de Preservação Permanente (APP), com supressão da vegetação estabilizadora da falésia. A inspeção auxiliou no procedimento administrativo conduzido pelo Ministério Público Federal da Paraíba (MPF-PB), que constatou que a construção não tinha qualquer tipo de autorização ou licença, seja por parte da prefeitura, dos órgãos ambientais, do Ibama, da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), ou do patrimônio da união, e que a casa se encontrava em terreno da Marinha.
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Após o início da investigação o proprietário da casa, que é brasileiro, mas reside nos Estados Unidos, pediu à prefeitura a expedição da licença de construção, que deveria ter sido emitida antes da edificação da casa. Sem ouvir o Ibama, a Gerência de Patrimônio da União e o MPF-PB, a prefeitura emitiu, em março de 2006, a licença para a construção, regularizando assim o imóvel. Por essa razão a prefeitura do município do Conde foi inserida, também, como réu na ação.
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A área onde a casa está localizada faz parte de uma Área de Proteção Ambiental (APA) de Tambaba e nenhuma construção pode ser iniciada sem o devido licenciamento ambiental.A demolição da casa, construída na praia de Tabatinga, ocorreu a pedido da Justiça Federal, que determinou ainda que a área seja recuperada e os danos causados sejam sanados, na forma de multas a serem pagas pelo infrator. Investigações para localizar o proprietário de outra mansão construída também em APP neste mesmo litoral permanecem. (Ibama)

Abertas inscrições para seminário do Conama sobre instrumentos econômicos


Abertas inscrições para seminário do Conama sobre instrumentos econômicos
Estão abertas as inscrições para o seminário Instrumentos Econômicos para a Gestão Ambiental Rural na Amazônia: Desafios e Oportunidades, marcado para os dias 21 e 22 de agosto, em Cuiabá (MT).
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O evento, promovido pelo Conama - Conselho Nacional de Meio Ambiente, será realizado na Assembléia Legislativa do Mato Grosso. O encontro faz parte de uma reunião ampliada da Câmara Técnica de Economia e Meio Ambiente do conselho.O objetivo do seminário será avaliar instrumentos econômicos para a gestão ambiental rural na Amazônia com vistas a sugerir políticas e ações de governo e definir inciativas no âmbito do Conama. Estão previstas as participações de autoridades federais e estaduais. Especialistas no assunto deverão apresentar painéis e palestras. O seminário será aberto ao grande público. As inscrições podem ser feitas pelo sítio www.mma.gov.br/conama até o dia 16.
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O diretor do Dema - Departamento de Economia e Meio Ambiente, do MMA, Luiz Fernando Merico, explica que os instrumentos econômicos são utilizados para estimular ou desestimular o uso da biodiversidade na produção de bens e processos: "É tudo aquilo que possa conduzir ao objetivo de fazer funcionar a economia e, ao mesmo tempo, manter a capacidade produtiva dos ecossistemas", explica.
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O seminário vai abordar as experiências internacionais, analisar quais tipos de créditos os bancos têm oferecido na área e identificar quais atividades devem ser constrangidas do ponto de vista econômico. "O que nós vamos fazer no encontro é justamente discutir os instrumentos econômicos para ajudar numa gestão ambiental mais adequada na Amazônia", disse Merico.Segundo ele, o objetivo é fazer com que a própria economia passe a produzir um desenvolvimento sustentável. "Porque, com isso, a gente gera emprego, renda e, ao mesmo tempo, a proteção ambiental", afirmou.A idéia do evento surgiu durante a 45ª reunião extraordinária do conselho, realizada em Cuiabá, em 2005. "Foi uma proposta aprovada na reunião do Conama, que debateu as ações do governo federal e dos estados para combater o desmatamento na Amazônia", afirmou o diretor do Conama, Nilo Sérgio Diniz.
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Nesse sentido, o seminário é um passo importante para estimular uma maior discussão sobre o assunto. O evento buscará abordar o atual panorama, as iniciativas, as limitações e os desafios para a gestão ambiental rural. "É preciso combater o desmatamento, incentivando uma economia baseada na conservação do recurso florestal", disse Diniz. (MMA)