sábado, 4 de agosto de 2007

Bambu poderia servir de salvação para o planeta

O bambu é uma planta antiga e versátil, que tem papel em mitos de criação mas também surge plantada em vasos humildes nos terraços de Manhattan. A planta existe em variedades semelhantes a moitas, mais comportadas, e em variedades selvagens que se propagam como mato, por rizomas, as quais servem muito bem em uma área selvagem mas não são uma boa idéia quando plantadas para delimitar um jardim ou quintal, porque podem invadir o terreno vizinho. Mas é exatamente esse vigor expansivo que está levando os ambientalistas a tratar o bambu como a nova planta essencial para a salvação do planeta.
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O bambu trabalha muito bem na retenção de dióxido de carbono e produção de oxigênio. É uma planta resistente que produz seus próprios compostos antibacterianos e pode prosperar sem pesticidas. E suas fibras porosas podem ser usadas na produção de um tecido poroso e suave como a seda. De fato, os fabricantes de tecidos do Japão e da China estão envolvidos em tamanha corrida por bambu que, em sua edição de maio, a revista National Geographic previu que "esse tecido recentemente desenvolvimento pode um dia competir com o rei Algodão" (nos mercados chinês e japonês o bambu é explorado em plantações comerciais).
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No entanto, enquanto a demanda mundial aumenta cada vez mais, a oferta de bambu escasseia. Planta que em geral floresce apenas uma vez a cada 60 ou 120 anos e depois morre, sua propagação por meio de sementes é difícil. E cultivar bambu por enxertos de plantas existentes é notoriamente complicado. Assim, quando Jackie Heinricher e Randy Burr descobriram como produzir bambu em tubos de ensaio - vendendo as primeiras duas mil plantas a centros locais de jardinagem no vale de Skagit, no Estado de Washington- o efeito no mundo da horticultura foi intenso.
Anne Raver



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