domingo, 6 de janeiro de 2008

Dessalinização da água pode ajudar a combater mortalidade infantil no Semi-Árido

A substituição do material importado para dessalinização da água, a partir de pesquisa coordenada pelo professor Kepler França na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, segundo informações do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que financia o projeto, está a redução dos custos de produção.
¨
Por intermédio do CNPq, o professor afirma que a conseqüência mais positiva é o que a dessalinização da água salobra, transformada em água doce ou potável, pode trazer para a saúde, em especial para o combate à mortalidade infantil na região do Semi-Árido nordestino.
¨
O município paraibano de Serra Branca, onde está centralizada a pesquisa, tem um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,662 e ocupa a 3.567ª posição no Brasil.
¨
Lá é alto o índice de mortalidade infantil: de cada mil crianças nascidas no município, 44 morrem antes de completar um ano de idade.
¨
"Com esse projeto alcançamos impactos significativos na área de saúde e para a melhoria da qualidade de vida, com o consumo de água de boa qualidade, conseqüentemente contribuindo para a redução da mortalidade infantil e o combate ao baixo nível de desenvolvimento humano, social e econômico", disse o professor Kleper França.
¨
Os dados e necessidades relativos à cidade de Serra Branca, segundo o coordenador da pesquisa, "são também um reflexo do que ocorre em diversos municípios do Semi-Árido brasileiro, revelando a necessidade urgente de melhoria de qualidade de vida da população dessas regiões".
¨
Ainda segundo os dados do professor Kleper França, repassados pelo CNPq, na década de 1990, com os avanços tecnológicos e os programas oficiais de apoio a municípios afetados pela seca, montadoras nacionais viabilizaram melhorias para as unidades de dessalinização, aproveitando a água salobra de poços já perfurados e transformando as unidades para capacidades de porte médio, de 2 mil a 5 mil litros por hora, mas usando tecnologia importada.
¨
O projeto em desenvolvimento pela equipe do professor Kleper França no Laboratório de Referência em Dessalinização (Labdes) da UFCG, em parceria com a Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), busca substituir a tecnologia importada por uma congênere nacional, bem mais barata e mais adaptada à realidade regional onde está sendo aplicada.
¨
(Agência Brasil)

Nenhum comentário: