quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Reservatórios caem e comitê se reúne para discutir energia

O nível dos reservatórios de água nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste continua caindo, apesar do esforço do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para poupar as hidrelétricas ao despachar as termelétricas.
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Assim, em meio às crescentes preocupações com a segurança no fornecimento, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) agendou uma reunião para esta quinta-feira, 10, para analisar a situação dos reservatórios e as condições da geração de energia pelas térmicas.
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O Informativo Preliminar Diário da Operação do dia 8 de janeiro, publicado nesta quarta pelo ONS, mostra ligeira queda de 0,1 ponto porcentual no nível de armazenamento das usinas das duas regiões, para 44,7% da capacidade total.
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Por conta disso, a diferença entre a curva do nível de armazenamento dos reservatórios e a curva de aversão ao risco (CAR), referência do operador para o volume de água necessário que garantiria o abastecimento do mercado com segurança, diminuiu ainda mais.
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A variação para CAR caiu de cinco pontos porcentuais, no dia 7, para 4,3 pontos porcentuais, no dia 8, tendo em vista que a CAR foi elevada de 39,8% para 40,4% no mesmo período.
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A situação é ainda mais grave porque as usinas do Sudeste e Centro-Oeste estão tendo de enviar energia ao Nordeste desde o fim do ano passado.
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A situação na região, porém, registrou ligeira melhora. No Nordeste, o nível dos reservatórios avançou de 27% para 27,1%, do dia 7 para o dia 8. No Sul, o documento informa recuo de 0,3 ponto porcentual no volume de água nos reservatórios da região, para 74% da capacidade total.
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Racionamento - A falta de chuvas no País preocupa o governo e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já admite a possibilidade de racionamento de energia ainda neste ano.
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O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, afirmou na terça que "não é impossível" que o Brasil passe por um novo racionamento de energia ainda em 2008. "Não estou dizendo que vai ter problema. Não é impossível haver um racionamento este ano, mas o mais provável é que não tenha", disse ele.
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Kelman defendeu até um contingenciamento para evitar situação parecida com a de 2001, quando a sociedade foi pega de surpresa e o governo teve de elaborar um plano de racionamento às pressas.
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No início, as medidas eram tratadas como racionalização. "Você só discute temas como apólice de vida e sepultura quando você está bem de saúde. Assim deve ser com coisas desagradáveis, como o racionamento. Esse assunto deve ser discutido muito antes. Não sob pressão.
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"Além de elaborar um plano de contingenciamento para um eventual apagão, o governo também deveria fazer campanhas para estimular a população a economizar recursos energéticos, disse Kelma.
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(Estadão Online)

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