O grupo Sea Shepherd rejeitou o que classificou de "exigências terroristas" feitas pelo comando do baleeiro japonês Yashin Maru 2, no qual estão retidos dois ativistas que, na terça-feira (15), subiram a bordo para protestar contra a caça de baleias numa área protegida na Antártida.
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Segundo o comunicado, o Instituto Japonês de Pesquisa de Cetáceos (ICR, sigla em inglês), que coordena as operações japonesas em águas antárticas, ofereceu ao Sea Shepherd a libertação dos dois ativistas. Mas, em troca, exigiu que a organização pare de interferir nas suas ações.
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"O Instituto está atuando como uma organização terrorista, tomando reféns e fazendo exigências. Nossa política é não responder às exigências terroristas", disse Peter Brown, primeiro oficial do navio Steve Irwin, propriedade do Sea Shepherd, no qual viajavam os dois ativistas.
"O Instituto está atuando como uma organização terrorista, tomando reféns e fazendo exigências. Nossa política é não responder às exigências terroristas", disse Peter Brown, primeiro oficial do navio Steve Irwin, propriedade do Sea Shepherd, no qual viajavam os dois ativistas.
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Brown acrescentou que o plano para a devolução proposto pelos japoneses é "muito perigoso", porque ocorreria numa pequena embarcação, a dez milhas náuticas do navio usado pelos ativistas, o Steve Irwin.
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O britânico Giles Lane, de 35 anos, e o australiano Benjamin Potts, de 28, abordaram ontem o pesqueiro japonês. Eles pretendiam entregar uma carta informando que a embarcação tinha entrado de forma ilegal na recém-declarada reserva marinha da Austrália na Antártida.
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No mesmo dia, um juiz australiano declarou ilegal a caça de baleias na reserva marítima australiana na Antártida.
O Japão considerou a decisão ilegítima porque, na sua opinião, a Austrália não tem jurisdição sobre o território.
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O diretor do ICR, Minoru Morimoto, disse em comunicado que "é ilegal abordar um navio de outro país em alto mar, e como resultado os dois estão neste momento retidos em custódia, enquanto se tomam decisões sobre seu futuro".
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Segundo Brown, as condições impostas pelo ICR impediriam a ONG de filmar ou fotografar o baleeiro em ação.
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O ministro de Assuntos Exteriores australiano, Stephen Smith, pediu aos capitães do Yashin Maru 2 e do Steve Irwin que não impomham condições para a libertação dos dois ativistas retidos à força no baleeiro japonês.
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O pedido foi feito depois que o grupo Sea Shepherd rejeitou as exigências do baleeiro."Os capitães dos dois navios envolvidos têm a obrigação de garantir a transferência segura dos ativistas, que deverão ser transferidos para seu barco assim que possível", afirmou o chanceler australiano, em comunicado.
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Smith indicou que a representação diplomática australiana em Tóquio mantém contato constante com o governo do Japão e falou com o governo da Holanda, país onde o Steve Irwin está registrado.
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(Estadão Online)
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