domingo, 30 de março de 2008

No Dia Mundial da Água, programações em vários locais trabalham pela racionalidade no consumo

Neste 22 de março comemora-se o Dia Internacional da Água. Além disso, 2008 foi escolhido pela ONU como o ano internacional do saneamento.
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Para marcar a data, pululam pelo Brasil manifestações e eventos promovidos por órgãos públicos e entidades do terceiro setor.
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À parte dessas iniciativas de validade incontestável, o brasileiro, em geral, comporta-se de forma alheia a um problema mundialmente reconhecido: a escassez desse recurso essencial à vida.
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Por aqui, o desperdício ainda impera, apesar de, justiça seja feita, legislações em todas as esferas de governança terem avançado no sentido de racionalizar o consumo.
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Pesquisa recente da H2C - Consultoria e Planejamento de Uso Racional da Água – detectou que o brasileiro gasta, em média, cinco vezes mais água do que o volume indicado como suficiente pela Organização Mundial da Saúde.
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A OMS recomenda o consumo diário de 40 litros diários por pessoa, enquanto no Brasil são consumidos 200 litros dia/pessoa, em média.
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De acordo com a consultoria, faltam políticas globais de incentivo ao uso racional da água e as iniciativas existentes estão sempre voltadas para o aumento da produção de água, e não para a diminuição do consumo.
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"Até quando vamos deixar as campanhas de uso racional da água nas mãos das concessionárias?”, questiona Paulo Costa, consultor e especialista em projetos de Uso Racional da Água da H2C.
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“Isso é contraditório, porque o negócio delas é vender água, assim, quanto maior o consumo e, por decorrência, a venda de água, mais as concessionárias lucram".
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O Brasil tem vários bons exemplos em que se espelhar. "Programas racionalizadores do uso da água foram empregados com sucesso por cidades como Nova York e Austin, nos EUA, e Cidade do México", relata Paulo.
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A Prefeitura de Nova York, especificamente, implementou um programa de incentivo à substituição de equipamentos por outros mais econômicos. O programa, efetivado de 1994 a 1996, investiu cerca de 240 milhões de dólares estimulando a troca de bacias e válvulas sanitárias, permitindo a economia de 288 milhões de litros por dia.
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Os consumidores passaram a economizar até 35% na sua conta de água mensal.
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Além disso, os técnicos da prefeitura nova-iorquina constataram também que conservar/economizar 100 milhões de litros de água, por exemplo, sai até um quarto do custo exigido para captar, tratar e distribuir igual volume de água.
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Ou seja, ficou claro que é muito mais barato racionalizar do que aumentar a produção.
Mônica Pinto / AmbienteBrasil * Com informações de diversas Assessorias.

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